De
repente um calafrio e a sensação que iria morrer... Pois é, este foi o
sentimento que tive quando, em casa e sozinho, minha pressão resolveu subir e
causar um desconforto que jamais havia sentido. Corri para o pronto socorro e
daí pra frente forma 15 dias de exames e remédios para controlar a pressão e
investigar as causas que levaram a esse descompasso. Logo os resultados forma
mostrando o que seria o mais obvio, eu havia passado por um estresse muito
forte que gerou a alta da pressão, os exames não acusaram nada de anormal.
Naquela
semana que antecipou a disparada da pressão tudo estava corrido, auditoria
externa e interna, problemas emocionais, correria do dia-a-dia, tudo que já
havia acontecido em algum momento e que, para mim, já estava acostumado com
isso. Eu estava errado, não poderia ter passado por tudo isso sem uma sequela,
então o corpo reclamou em resposta ao meu ritmo acelerado, ele deu o troco e
pediu socorro. Um pedido que nem sempre é bem avaliado, seria como se fosse
pontual e após as orientações médicas, percebi que seria a hora de repensar
algumas atitudes.
Conversando
com vários amigos percebi que o problema é maior que eu imaginava, a maioria
deles já havia desenvolvido algum tipo de estresse emocional e profissional e
como resultado, uso constante de remédios e visitas constantes ao médico. Mas a
maioria era categórica ao afirmar: ou muda o ritmo da vida ou vai virar um
hipertensivo. Sinceramente fiquei com muito medo, pois temos vários casos na
família e para entrar nesta lista, era uma questão de tempo e pelo visto o
tempo já estava próximo. No próprio ambiente de trabalho ouvi vários
companheiros relatando sobre estresse por pressão da chefia e cobrança de
resultados que resultaram no mesmo descompasso da pressão, ou seja, realmente
precisava policiar pra não cair no erro novamente.
A
correria faz parte do mundo corporativo e que trabalha com metas, planejamento
sabe que nem sempre se bate o cartão e vai pra casa sem levar junto um monte de
problemas e isso faz com que o profissional desenvolva o “home office” inclusive em feriados e finais de semana. Esquece-se
de relaxar de curtir a família, os amigos, as boas viagens e os demais prazeres
da vida, o foco está sempre no resultado do trabalho, do chefe rabugento e da
premissa de crescimento na carreira. Mas um fator deve ser sempre levado em
consideração: não existe funcionário insubstituível.... Muita gente vai dizer
que era um bom funcionário que resolvia o problema, mas sua mesa vai ser
ocupada por outra pessoa, não tenha dúvidas.
O
certo é, após o susto, resolvi tirar o pé do acelerador e controlar mais a
ansiedade, o que pra mim não é fácil, sempre fui muito acelerado. Mas o susto
foi muito grande, ainda hoje qualquer desconforto, já providencio a aferição da
pressão, claro que com menos intensidade do começo pra não virar uma “neura” e
também resolvi que trabalho é trabalho (não estou fugindo do trabalho, apenas
se for realmente muito importante e não der pra resolver na segunda-feira) e
fim de semana é para curtição e relaxamento, praia, música e família. Recomendo
que faça uma avaliação e verifique se não está passando o limite que seu corpo
permite e cuidado com a saúde, existe vida fora dos portões da empresa.