quarta-feira, 20 de junho de 2012

PRESSÃO 15 X 10: ALGO ESTAVA ERRADO


De repente um calafrio e a sensação que iria morrer... Pois é, este foi o sentimento que tive quando, em casa e sozinho, minha pressão resolveu subir e causar um desconforto que jamais havia sentido. Corri para o pronto socorro e daí pra frente forma 15 dias de exames e remédios para controlar a pressão e investigar as causas que levaram a esse descompasso. Logo os resultados forma mostrando o que seria o mais obvio, eu havia passado por um estresse muito forte que gerou a alta da pressão, os exames não acusaram nada de anormal.

Naquela semana que antecipou a disparada da pressão tudo estava corrido, auditoria externa e interna, problemas emocionais, correria do dia-a-dia, tudo que já havia acontecido em algum momento e que, para mim, já estava acostumado com isso. Eu estava errado, não poderia ter passado por tudo isso sem uma sequela, então o corpo reclamou em resposta ao meu ritmo acelerado, ele deu o troco e pediu socorro. Um pedido que nem sempre é bem avaliado, seria como se fosse pontual e após as orientações médicas, percebi que seria a hora de repensar algumas atitudes.

Conversando com vários amigos percebi que o problema é maior que eu imaginava, a maioria deles já havia desenvolvido algum tipo de estresse emocional e profissional e como resultado, uso constante de remédios e visitas constantes ao médico. Mas a maioria era categórica ao afirmar: ou muda o ritmo da vida ou vai virar um hipertensivo. Sinceramente fiquei com muito medo, pois temos vários casos na família e para entrar nesta lista, era uma questão de tempo e pelo visto o tempo já estava próximo. No próprio ambiente de trabalho ouvi vários companheiros relatando sobre estresse por pressão da chefia e cobrança de resultados que resultaram no mesmo descompasso da pressão, ou seja, realmente precisava policiar pra não cair no erro novamente.

A correria faz parte do mundo corporativo e que trabalha com metas, planejamento sabe que nem sempre se bate o cartão e vai pra casa sem levar junto um monte de problemas e isso faz com que o profissional desenvolva o “home office” inclusive em feriados e finais de semana. Esquece-se de relaxar de curtir a família, os amigos, as boas viagens e os demais prazeres da vida, o foco está sempre no resultado do trabalho, do chefe rabugento e da premissa de crescimento na carreira. Mas um fator deve ser sempre levado em consideração: não existe funcionário insubstituível.... Muita gente vai dizer que era um bom funcionário que resolvia o problema, mas sua mesa vai ser ocupada por outra pessoa, não tenha dúvidas.

O certo é, após o susto, resolvi tirar o pé do acelerador e controlar mais a ansiedade, o que pra mim não é fácil, sempre fui muito acelerado. Mas o susto foi muito grande, ainda hoje qualquer desconforto, já providencio a aferição da pressão, claro que com menos intensidade do começo pra não virar uma “neura” e também resolvi que trabalho é trabalho (não estou fugindo do trabalho, apenas se for realmente muito importante e não der pra resolver na segunda-feira) e fim de semana é para curtição e relaxamento, praia, música e família. Recomendo que faça uma avaliação e verifique se não está passando o limite que seu corpo permite e cuidado com a saúde, existe vida fora dos portões da empresa.

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