quarta-feira, 25 de março de 2009

11:30h ALMOÇO COM O BRASIL

Nada como uma boa conversa durante o almoço para entender como as pessoas estão reagindo diante de tanta corrupção. O sentimento é um só: somos os bobos da corte e ponto final. É inacreditável que um país deste tamanho tenha, além das belezas naturais, tanta gente de índole perversa, tanto bandido de terno surrupiando os cofres públicos e também privados, por interesse próprio.

Foram tantos depoimentos na mesa do almoço, que saí de lá quase enojado. Da esfera Municipal passando pela Estadual e por fim a Federal a coisa fica no mesmo nível de podridão que, atire a primeira pedra quem não se envergonha ou sente-se prisioneiro de um sistema tão corrupto.

Roubam o dinheiro das criancinhas, dos idosos, das estradas, dos hospitais, do INSS de todos os lugares possíveis e impossíveis. E a maioria fica impune. E olha que são bandidos gabaritados, estudados e formados em grandes universidades, porém não tem um só pingo de caráter. A dignidade está indo embora e a vontade é de ir com ela. Mudar de planeta por que de país não terei muita escolha. Não foi boa coisas deixar as caravelas Portuguesas aportarem por aqui. Tivemos a visita de Holandeses, Ingleses, mas não, quem ficou com a ‘terrinha’ e já começaram a levar tudo foram os Portugueses. Pode pegar os livros de história, os registros de corrupção já vêm daqueles tempos.

Lamentável é ver que não mudaremos apenas trocando de presidente ou de partido político. A prova está aí pra todo mundo ver, o anterior gabava-se de ser sociólogo de falar vários idiomas, e nem por isso a maldita corrupção foi dizimada. Agora temos um que já foi ‘do lado de cá da corda’, mas basta parar na frente da TV e perceber que o barco continua indo a pique e como diria meu tio: bateu na pedra e ta fazendo água, nem as bombas de porão dão conta. Vejo pessoas falando em acabar com o congresso de mudar o prefeito, o presidente, o governador, o porteiro, o jogador... mas isso é um paliativo, outros virão e farão pior. Falta mudar é o sistema. Mudar a forma de pensar das pessoas, trabalhar a cabeça das crianças através da educação de qualidade e de berço, para que sejam o Brasil decente de amanhã. Não dá pra aceitar que tudo continue a mesma coisa e do mesmo jeito.

A questão é de cultura estamos acostumados a ver ‘o bicho pegar’ e ficar se lamentando em uma mesa durante o almoço. Quantas vezes você foi assistir a uma votação na Câmara Municipal e supervisionar o seu vereador? Garanto que assim como eu, nunca né. E assim a vida segue, lamentos, reclamações, xingamentos e eles lá, levando o nosso Real. E enquanto isso, em Brasília: 19hs.

O ‘ALMENTO’ DA CARGA HORÁRIA NAS ESCOLAS X A FAIXA DA IGNORÂNCIA

Não é nenhuma novidade que o ensino público no Brasil sempre esteve em evidencia pela péssima qualidade. Entra governo, sai governo e nada melhora. Já vi todo o tipo de programa de governo e os resultados são sempre muito baixos, apenas nosso suado dinheirinho indo pelo ralo.

Um protesto esta semana, chamou atenção da mídia nacional e refletiu essa realidade. Alunos da rede publica de ensino protestavam contra o ‘almento’ da carga horária nas escolas públicas e, de passagem, para não perder o costume, empunhavam faixas de protesto. Em uma das faixas estava o grotesco erro de português que estampou páginas dos principais jornais do país. Puro reflexo da qualidade do ensino. Não que muitas escolas não tenham estrutura, mas o plano de ensino parece ultrapassado ou abandonado.

O ‘almento’ da carga horária deveria ser festejado pelos alunos, já que é mais uma oportunidade de agregar valores ao aprendizado diário, mas pelo contrario eles querem é vida boa e o ‘almento’ que se dane. Lá fora, nos paises de primeiro mundo, alunos passam até 10 horas por dia na sala de aula, mas isso é a cultura coisa que, no Brasil não se dá muita importância.

Aí as pobres cobaias do sistema protestam e acabam virando chacota nacional com seu português de segunda categoria, elegendo o ‘almento’ da carga horária como a bola da vez. Os princípios básicos de sobrevivência são deixados de lado em prol de uma manifestação sem sentido e encorajados lá sabe deus por quem, e pelo visto a organização do protesto não fez um ‘check list’ nas faixas que seriam expostas, resultando na exposição desnecessária aos alunos.

No mais, só nos resta esperar que um dia as coisas realmente tomem um rumo neste pais chamado Brasil, e que o ‘almento’, lastimado pelos estudantes, seja revertido em ‘aumento’ de sabedoria, dignidade e respeito à nossa pátria mãe gentil.

segunda-feira, 23 de março de 2009

A RESPONSABILIDADE NOSSA DE CADA DIA

Após cada noticia que vejo nos meios de comunicação, me pergunto até que ponto somos co-responsáveis pelos acontecimentos, em sua maioria tragédias, em nosso dia-a-dia. Hoje pela manhã por exemplo, uma dessas noticias terríveis de se começar uma segunda-feira de trabalho. Um garoto de treze anos aproveitava uma manhã de sol com os amigos e banhava-se nas pacatas águas da capital, quando um ‘marginal alcoolizado’ pilotando uma lancha em zig zag atropelou o adolescente decepando a perna direita... Lamentável o fato. No decorrer da reportagem, vários depoimentos de pessoas indignadas com o acidente lastimando e condenando o piloto da embarcação. Uma senhora, inclusive, querendo utilizar o velho ‘olho por olho, dente por dente’ jurava o elemento de morte. Pois bem, vamos aos fatos: um elemento sai para passear com sua embarcação ingere bebida alcoólica e causa um acidente de proporções lastimáveis ao menor. Segunda: pessoas saem de suas casas para um dia de recreação e como resultado tem uma criança dilacerada por um irresponsável. Terceiro: vem a Policia, a Capitania dos Portos, a imprensa, os curiosos....


Quantas vezes não testemunhamos cenas como estas em nosso dia-a-dia? Quantas vezes não vemos pessoas bebendo e depois dirigindo e nada fazemos? Você já parou para pensar que a próxima vitima pode ser você ou um parente seu? Eis a questão! Somos cúmplices do sistema, culpados e deveríamos ser presos junto com os autores desses crimes. Mas ai alguém vai dizer: o cara estava bêbado, ou então: eu não sou da policia ou da Capitania... exatamente isso, não somos autoridades, porem como cidadãos de bem e cumpridores de nossas obrigações, temos o dever de zelar pelas pessoas que estão ao nosso redor.


E se fosse o seu filho? Quantas vezes apenas reclamamos de certas situações, ficamos bravos e falamos alto e só. Ninguém quer se envolver por medo, mas a denuncia pode ser anônima mas nem por isso tomamos esta decisão. Observe agora que já estamos alertas para estas situações. Quando for à praia novamente, observe o comportamento dos pilotos de lanchas, dos jet’s, pois eles estão sempre lá pertinho de você como se estivessem avisando: olha estamos aqui com nossas super máquinas e se vacilar vamos atropelar você. Sem falar nos motoristas que encontramos nas rodovias e suas atitudes estúpidas. Então, você vai acionar as autoridades ou vai esperar a próxima edição do jornal?

Mas não podemos esquecer dos responsáveis pela fiscalização, estes sim são muito importantes nessa historia. Nas rodovias é mais fácil ver uma blitz, estão sempre lá esperando para aplicar uma multa. Mas e na água, você tem presenciado a ação dos marinheiros da Capitania dos Portos? Não me diga que você já viu aquela fiscalização que eles fazem de helicópteros? É fantástica, passam com a aeronave dão uma ‘espiadinha’ e tchau, vão embora. Cadê a responsabilidade desse povo? Não precisa nem ser o bom observador para saber que isso não funciona a presença do agente fiscalizador é a forma mais abrangente e eficaz de atuação. É chegar, vistoriar, multar e prender se for o caso. Mas como no nosso querido Brasil as coisas tem que acontecer primeiro para depois alguém tomar uma atitude ,esperem só, nos próximos dois ou três finais de semana como o efetivo da fiscalização vai sair da toca e marcar presença nas praias. Só que depois somem novamente por que o trabalho não é uma rotina desse pessoal. Mas volto a perguntar: e nós como ficamos? Observando, testemunhando e se calando... .


Espero que esta criança vitima do ‘marginal alcoolizado’ tenha muita força e que não fique traumatizado com essa tragédia. Quanto ao bandido, que seja feita justiça (mais um caso que vai longe) preso ele está, mas não demora muito volta para as ruas, ou melhor para a águas e não duvidem, vai caçar mais um menino que queria apenas um belo dia de sol com os amigos.

sexta-feira, 20 de março de 2009

JOÃOZINHO* E A CTPS

O relógio despertou ás 4:45hs e Joãozinho deu um pulo da cama. Não havia dormido bem sabendo que acordaria tão cedo para o seu compromisso na capital. Tomou banho rapidamente, tomou um gole de café do dia anterior e foi tomar seu ônibus. A viajem transcorreu bem, apesar de ser uma segunda feira onde geralmente a condução está lotada. Chegando a rodoviária tomou outro coletivo até o seu destino final, um Centro de Formação de Vigilantes. Joãozinho esperou por este momento com bastante ansiedade, tomará a decisão de mudar de ramo meses antes e até aquele dia chegar foram muitos obstáculos. A começar pela vaga no curso, a papelada (o tamanho da burocracia não me permite listar, perderíamos muito tempo) mais exames, etc, etc, etc... a apresentação foi tranquila, um “suga” de leve, afinal a base do curso imita o militarismo, mas nada que assuste nosso trabalhador.

Os dias passam e Joãozinho desenvolve a técnica do aprendizado de vigilante de maneira exemplar. Boas notas, boas amizades, bom aluno. Ao final de cada dia, ele sempre liga para seu parentes mais próximos para falar sobre o curso, está feliz e não vê a hora da formatura para iniciar sua jornada na profissão que escolheu para desenvolver após longa jornada trabalhando nas fazendas do ES. E seguem as aulas: legislação, defesa pessoal, tiro (e são muitos, Joãozinho adorou esta parte) e a primeira semana passou e a segunda, enfim o curso acabou e lá vem Joãozinho de volta para casa feliz da vida, afinal de contas, agora ele vai poder buscar um emprego na área de segurança patrimonial, vida nova e futuro de esperança.

Mas algo está errado......

Joãozinho deixou sua Carteira profissional para ser carimbada, leia de novo “CARIMBADA” na Polícia Federal, isso mesmo aquela dos agentes de roupa preta e cara de mal. O tempo passa, passa, passa e nada da CTPS. Joãozinho espera, espera, espera, mas ele é brasileiro, como o agente da PF responsável pelo carimbo, e não desiste nunca. Um mês, dois meses, TRÊS meses e nada. A situação começa a complicar. O sonho de Joãozinho em ser vigilante parece que vai virando um pesadelo. Afinal qual é a dificuldade de alguém bater um carimbo numa folha de papel? Será que é a crise mundial? Será que a carteira de Joãozinho tem algum problema? Ele liga várias vezes buscando informações mas a resposta é sempre a mesma, ainda está na PF. Natal, Ano Novo, Carnaval (Joãozinho até tocou na bateria do Bloco) mas nada da carteira, tudo que Joãozinho queria era ter uma nova profissão, e buscou isso com dignidade, ele pagou pelo curso não foi de graça e infelizmente sua carteira está presa na sede da PF, e diga-se de passagem é difícil até de chegar perto do prédio, como se a instituição fosse algo particular onde apenas pessoa de gravata podem entra, onde na verdade é mais um setor de servidores públicos e nada mais.

Enfim, após três longos meses de espera, Joãozinho usou o “jeitinho” brasileiro. Lembrou de um amigo que alguns anos antes havia ingressado na PF para trabalhar no setor administrativo, não perdeu tempo e ligou ao amigo pedindo ajuda. De pronto o amigo de Joãozinho pediu que ele aguardasse até a tarde daquele dia para que fizesse contato com outros amigos na sede da PF para saber qual era a situação real. No fim do mesmo dia a veio a melhor notícia do ano para Joãozinho: sua carteira seria entregue na sede do centro de formação onde havia feito o curso, e não era só isso, estaria com recomendação de ser entregue em mãos, com todo o cuidado. No dia seguinte lá estava Joãozinho com sua carteira carimbada e pronta para ser assinada por alguma empresa do ramo de segurança.

Ps: só para registro, o amigo de Joãozinho disse para ele depois, que a carteira estava a mais de dez dias na mesa do responsável pelo carimbo, e não se sabe por qual motivo o ‘agente publico’ não cumpriu o seu papel de ‘carimbador’.... FIM.
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Prezados a pequena passagem que acabaram de ler foi um fato verídico por mais que pareça uma novela mexicana. Quanto tempo mais teremos que presenciar fatos como este? Onde um cidadão brasileiro, cumpridor de suas obrigações, fica a mercê de um sistema publico praticamente falido, com pessoas mal remuneradas, mal treinadas, mal humoradas e pior, não cumprem as suas obrigações. Parece que quando não é com a gente, não nos importamos, mas depois que uma situação como esta acontece do nosso lado, temos a impressão que somos tratados como bobos e que apenas assistimos sem nos manifestarmos. Não quero aqui generalizar a situação a todos os servidores públicos, sabemos que existem muitas pessoas de bem neste país. Porém a minoria acaba pagando o pato e revelando uma situação lamentável onde o pobre Joãozinho passou três meses sem poder empregar-se por falta de um carimbo. Boa sorte Joãozinho!!!

* Joãozinho foi um nome escolhido para não revelar a identidade do brasileiro que sofreu este descaso.

domingo, 8 de março de 2009

Qual o momento de iniciar uma carreira????

Assisti hoje pela televisão, uma nova cara sendo lançada na já maltratada Música Popular Brasileira. Tratava-se de uma jovenzinha de 16 anos que fazia sua estréia em um programa de grande audiência e na maior emissora do país. Essa jovem ficou famosa na rede mundial de computadores através de um site de vídeos ultrapassando a marca dos 3 milhões de acessos causando uma falação sem tamanho na grande mídia. Ok, até aí tudo na maior normalidade, pois no mundo atual, qualquer coisa vira notícia na maior velocidade. Mas sinceramente a apresentação da candidata a estrela me decepcionou no mais alto grau. A pobre moça mal conseguia pronunciar suas próprias letras e ainda por cima sequer entendia as pergunta (que na maior parte das vezes são de pouquíssima qualidade do apresentador) causando inclusive em determinado momento um constrangimento ao não entendimento de uma pergunta.

Então, qual o momento de se iniciar uma carreira. Apenas talento não basta gente. Pegar rostos bonitos e lançar na mídia como se fosse um produto de prateleira, não vai nos livrar de conhecer mais um “grupo/cantor cometa”, pois nada agregam à MPB. Falta profissionalismo e por trás de uma grande banda ou de um grande cantor, existe um grande profissional cuidado de tudo. Isso é coisa para profissional, conhecedor das coisas, não para amadores e seus “cometas”. A pobre moça de apenas 16 anos, não é culpada. A musica não era lá grandes coisa, e a banda não encantava, mas fiquei com pena, confesso.

Essa moça deveria freqüentar aulas de canto, de postura de palco, de dicção e mais um monte de coisas que envolvem o mundo artístico. Um bom “manenger” faria, ou melhor, fará toda a diferença. É o que costumo dizer, se você não sabe ou não tem conhecimento de causa ou assunto, não fique esperando as coisas acontecerem sozinhas nem faça sabendo que vai dar errado. Procure ajuda de um profissional seja de qualquer setor ou nível, mas procure.

Quem pagou o pato foi a pobre candidata a talento, por causa de uma oportunidade fora de hora, ela vai ficar com a impressão, a mesma que tive, que não era o momento de encarar o grande publico assim tão de repente. Longa vida aos nossos ouvidos e a tão maltratada Música popular Brasileira.

quarta-feira, 4 de março de 2009

O que não se mede, não se gerencia...

Esta foi uma das melhores frase que ouvi, ou melhor lí em uma revista especializada em Administração. É a mais pura verdade. Todo bom administrador tem que ter isso como prioridade, não se pode gerenciar um negócio se você não sabe como esse negócio funciona, quanto produz, quanto pesa, mede, etc... Agora mais do que nunca tenho isso em mente.

Tenho amigos empresários dos mais diversos ramos de atividade, porém nem sempre, por motivos que já conhecemos bem, falta de conhecimento, dificuldades em gerenciar pessoas, aprendizagem à moda antiga, não tem a visão de empreendorismo e ficam a ver navios. Falta entusiasmo pelo desenvolvimento da empresa, das Controle e pessoas, do equipamento.

Isto me remete ao meu trabalho de conclusão de curso, o famoso TCC, quando falei sobre o PDCA (Planejar, Executar, Controlar e Agir), tudo de forma simples e de fácil adaptação, desde que se faça as coisas corretamente. Na verdade tem que haver interesse em um desenvolvimento e pelo crescimento da empresa. não dá pra ficar sentado e esperar que as coisas mudem sozinhas. Um consultor pode ajudar bastante, e de preferência que seja registrado no CRA do seu estado. Planeje, Execute, Controle (bastante) e por fim a Ação é primordial. mas não faça as coisas de qualquer jeito, faça com vontade de crescer e ver a sua empresa e seus colaboradores crescendo junto.
Boa sorte.