quinta-feira, 29 de julho de 2010

Aprendizado sim, e com remuneração, por favor.

Claro que aceito a vaga, ótima vaga, trabalhar nas dependências de uma grande empresa, referencias boas para o currículo, profissionais de alto nível, transporte e alimentação, e ainda plano de saúde. Até aqui, tudo que qualquer estudante recém formado precisa, mas o parte negra da historia vem no final: trabalhar sem remuneração, apenas para aprender. É o fim da linha. Mas acreditem isso ta na moda, tem empreendedor, se podemos chamar assim, aproveitando a mão-de-obra gratuita para se firmar no mercado. Não é justo.

Nem todo mundo nasceu em berço de ouro, muito, inclusive assim como eu, teve que ralar muito para terminar o curso superior. A batalha é árdua, sair cedo de casa para o trabalho, depois direto para a faculdade e chegar em casa meia noite para tomar banho, fazer um lanche e dormir. E agora me aparecem uns espertos querendo transformar suor em dinheiro. Tô fora, fora mesmo. Os estudantes precisam ser respeitados, concordo que no inicio da carreira nem tudo é um mar de rosas, mas tem que haver uma recompensa.

Minha irmã vai passar por isso. Terminou o curso técnico e não estagiou. Agora tem que largar um emprego com carteira assinada para cumprir, DE GRAÇA, a carga horária de estágio não remunerado. Imagine um jovem que está no inicio da carreira tendo que se sacrificar para gerar renda, ser mais um índice para os gráficos do governo, mas sem dinheiro é covardia.

Fui menor aprendiz por 4 anos, e apesar do salário, na época meio salário, tinha minha remuneração de acordo com minhas atribuições. A coisa é muito simples e vale para todos os níveis, trabalho e salário são uma troca entre empresas e empregados. Qualquer cargo que seja o importante é estabelecer um critério e segui-lo. Alguém pode argumentar, e os benefícios que a empresa está concedendo? Concordo, isso também faz parte do pacote do “funcionário barato”, mas não basta, tem que haver remuneração, a satisfação será mais completa e o retorno também.

Sinto muito que as coisas não estão caminhando da forma que deveriam, ainda temos muitos bom estudantes que serão bons profissionais e ainda não foram valorizados, falta uma pouco mais de coerência em atitudes desse tipo. A valorização da mão-de-obra é o início de parcerias duradouras. As empresas devem estar atentas a evolução dos sistemas de gestão, porém não praticar “tortura” com seus candidatos a futuros gerentes, avaliando o resultado dessa modalidade de remuneração, ou melhor falta de remuneração.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O caso do goleiro na visão do gestor de empresa

Não é necessário falar mais a respeito do caso, o país está em choque depois das revelações sobre a morte de uma modelo que tem o envolvimento de um goleiro ídolo do Flamengo. Farei uma analogia deste caso: o clube poderia ter evitado o envolvimento do atleta neste caso? A resposta é sim. O gestor deve estar atento ao que acontece dentro em fora da empresa, são as ameaças internas e externas. Não apenas o gestor, mas todos os envolvidos no processo gerencial da empresa.

O fato de um atleta ter denegrido, de certa forma, a imagem do clube mais famoso do Brasil e do mundo, não pode ser deixada sem uma avaliação. Os responsáveis deveriam ter orientado seu ‘funcionário’, dando assistência jurídica durante o episódio, não faz sentido se eximir da culpa. Hoje as empresas têm o lado social de sua atividade, o ‘todo’ agora é o foco, a visão empreendedora precisa atuar em todas as frentes. No que diz respeito às responsabilidades que pelas ações dos seus funcionários. Estes podem realizar suas peraltices e de forma indireta atingir a imagem da empresa como fez o atleta.

O uniforme é a pela que se carrega, é uma extensão física da imagem da empresa. O crachá, a caneta, tudo isso se mal utilizado causará algum desconforto em algum momento, e o clube não se preocupou com isso e a ‘bola de neve’ foi crescendo e terminou no fato já conhecido.

Existe também o fator da cultura humana, uma pessoa que da noite para o dia passa a receber salário de mega star e não tem estrutura familiar ativa pra isso, dificilmente terá tranqüilidade de administrar os fatos, isso com certeza contribuiu para os acontecimentos no caso do goleiro, veio de família humilde que se desestruturou cedo o que causa grande estrago na formação do caráter de qualquer pessoal. Não é uma desculpa para a situação, e sim uma evidência, um fator que agregou para acontecer a tragédia.

As razões que levaram as pessoas a fazerem isso, com certeza serão investigadas pela policia, e na empresa não pode ser diferente. Cabe ao gestor ficar atento a cada detalhe que saia da rotina da empresa. O comportamento de cada colaborador deve ser monitorado, claro que de maneira profissional para não causar constrangimento, não é esta a idéia aqui. Desenvolver programas de treinamentos que sejam objetivos e que estejam no planejamento macro da empresa, o foco nos resultados é importante.

Vejo que se um fato é identificado, cabe a empresa oferecer ajuda ao seu funcionário, cabe a empresa atentar ao seu patrimônio intelectual, promover o bem estar de todos os envolvidos, seja a família, amigos e filhos. E que barbáries como esta não voltem a acontecer novamente, nem nas famílias nem nas empresas.

sábado, 10 de julho de 2010

A copa do mundo acabou

Lá se foram 30 dias de muita ansiedade, e agora saberemos qual será a melhor seleção da Copa da África do Sul 2010. Muita alegria, muitas lágrimas, muito suor e muitos gols marcaram esta copa, mas nada diferente das anteriores, o enredo foi o mesmo.

A FIFA, órgão master na condução do evento, mais uma vez comprovou que como gestora é uma boa, "fazedora" de vontades, vontades dos patrocinadores. Uma bola que gerou reclamações foi a primeira coisa, depois lances polêmicos que eram repetidos durante as partidas, e que causou grande desconforto à entidade, sem contar os erros de arbitragem que poderiam ter, facilmente assumidos e mudado o resultado de algumas partidas.

A poderosa FIFA não admite que é fora de uma nova reflexão sobre o uso da tecnologia no esporte mais popular do mundo, e paga um alto preço por isso. No jogo da seleção brasileira aconteceu o lance do Fabuloso dominar a bola no braço e fazer o gol, nitidamente a domínio foi feito no braço, mas o juiz não viu por que o uso da tecnologia parece parado no tempo nos jogos de futebol.

Mas neste domingo será o grande dia para Espanha e Holanda, Duas seleções que nunca conquistaram tal título. Será o jogo das vidas desses atletas, vida ou morte. Só um será o poderoso e dono do título pelos próximos 4 anos até a próxima copa no Brasil.

Para nós, pobres torcedores e amantes do futebol, resta o consolo de assistir um bom jogo. Ficamos fora nas quartas de final, e merecidamente, então bom jogo a todos e que vença o melhor futebol... Mas ainda somos penta...