segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A culpa não foi do gestor

Levei uma bronca, pois, sempre nos meus textos, jogo a responsabilidade para cima dos gestores. Mas neste fim de semana, após uma viagem, fiz uma reflexão depois de observar uma obra de recapeamento que está sendo realizada na BR 101. a pista estava bem sinalizada, o trabalho bem executado, o tempo estava bom. Porém, desta vez, a grande bagunça estava por conta dos motoristas. Isso mesmo. A rodovia ficava fechada por 30 minutos em cada sentido, para que a obra pudesse não atrapalhar o fluxo de veículos.

O problema estava exatamente no momento em que a pista era liberada. Um tumulto só. Parecia corrida por liquidação em loja de móveis em fim de semana. Havia carros cortando pelo acostamento, motos na mesma balada e como os motoristas de caminhões e carretas estavam parados, o veiculo demora a fazer ar para haver o deslocamento. Com isso os apresados motoristas de automóveis invadiam a contramão e a bagunça era generalizada.

Agora vou explicar o porquê da comparação. Geralmente os gestores têm muito trabalho para organizar seus subordinados e na maior parte das vezes, quando não são bem sucedidos, a culpa recai e é sempre quem deixa o cargo. No caso acima, os gestores da obra fizeram todos os procedimentos da melhor maneira, dando um bom espaço de tempo para o transito fluir. Realizaram boa sinalização na pista informando aos condutores que a frente havia uma obra. Mas dessa vez os colaboradores, os motoristas abusaram e cometeram graves faltas.

O risco de um acidente era muito grande. As ultrapassagens pela pista da esquerda eram abusivas e a pressa da maioria era geral. Em comparação com uma empresa, os “colaboradores/condutores” não seguiram as normas e procedimentos adotados para situações que foram apresentadas. Cada um queria mesmo era seguir viagem da maneira mais rápida não importava por qual caminho e forma.

Muitas vezes, nos colocamos na mesa situação. Queremos finalizar uma tarefa o mais rápido possível e não nos preocupamos se isso vai de encontro com as atividades dos colegas de empresa. É muito perigoso, pois pode acarretar num grave acidente ou em situações de perigo para a empresa. Tem que haver cautela. A energia desprendida para esta situação pode gerar uma reação muito além do inesperado e provocar um caos na empresa.

Bom, no final, pelo menos no período em que estive observando, tudo terminou bem e todos conseguiram alcançar seus objetivos. Mas colaboradores devem também ficar atentos, pois em situações como as apresentadas os gestores podem e devem tomar atitudes para controlar a “ansiedade” da turma e as punições podem ser pesadas. Atenção.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

“Deixa a vida me levar”, não mesmo.

Mais uma boa questão para ser debatida: o que é melhor, preparar-se para o mercado competitivo ou deixar por conta do acaso? Esta duvida foi levantada durante um bate papo virtual com uma colega Biblioteconomista. Ela, que é recém-formada, está em busca de desafios, me perguntou qual seria a melhor opção. Fiquei pensando e realmente sua dúvida faz sentido. Mas não esqueçamos que a preparação para qualquer área e qualquer função, deve ser sempre bem suportada por boa formação, isso vale.

Mas voltando ao caso, não são raros os casos de pessoas que estão muito bem de vida e sequer saber ler o próprio nome. Ou mesmo pessoas que iniciaram suas atividades na informalidade, e sem qualquer diploma alcançaram posições invejáveis na sociedade. Silvio Santos e seu carnê do baú são uma prova disso. Mas não se deixe enganar, por trás dessas pessoas com certeza existem profissionais gabaritados formados nas faculdades no nosso Brasil.

A sorte não dá carona pra todo mundo, tem que haver suor e sacrifício, é a regra geral. Ter boa formação não é simplesmente um privilégio de um grupo de brasileiros que a cada ano aumenta mais, o que existe é a evolução na necessidade e uma exigência do mercado. Lembro-me que quando terminei o segundo grau, atual ensino médio, em 1994, o diploma era uma verdadeira jóia e se enchia a boca pra dizer em uma entrevista de emprego, tenho segundo grau. Mas o tempo passa e hoje, as exigências então muito mais acirradas. São exigidos curso superior, conhecimento em língua estrangeira, habilidades em informática em nível avançado e mais uma lista infindável de itens.

Então, dai já se tem uma idéia de qual é o melhor caminho. O difícil é seguir esta trilha. Os cursos técnicos também estão em evidencia. Hoje, da mesma forma dos superiores, conseguir uma vaga na construção civil, na metalmecânica, em obras diversas, só é possível de posse de um certificado de conclusão dos cursos. Aqueles encarregados de longa data na empresa que conseguiram chegar ao topo da carreira pela capacidade técnica e pelo conhecimento, estão em declínio nas empresas. Só conhecimento e habilidade não são mais considerados para a contratação.

Não vou aqui dizer que quem conseguiu alcançar uma posição na sociedade sem ao menos saber escrever não tenha méritos. Seria hipocrisia da minha parte dizer isso, afinal tem méritos e caminhos que muitos estudiosos jamais saberão com explicar. Mas vale a dica: tenha sempre em mente um foco, trace metas e objetivos palpáveis e não seja um sonhador. Não fique esperando as oportunidades caírem do céu, o divino anda muito ocupado atendendo as prioridades. E não faça como o Zeca Pagodinho e deixa a vida te leva... Antecipe e realize seus sonhos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A troca não está justa

As premissas que devem reger uma relação de trabalho é bastante simples, a meu ver: o colaborador sai da sua casa, bate o cartão, realiza todas as suas atividades, bate o cartão novamente e volta para sua casa. Em troca, no fim do mês, recebe seu salário, e todos vivem felizes. Seria muito simples se a premissa citada fosse realmente seguida e cumprida, mas não é o que algumas empresas vem fazendo. Ao invés de proceder de forma limpa com seus colaboradores, essas empresas absorvem, pra não dizer “sugam”, todo o conhecimento que seja possível em prol da entidade, e depois simplesmente, troca o funcionário por mão-de-obra barata.

A partir do relato de uma colega, percebi que, ainda existem gestores que administram na base do “tudo pra mim e de você, quero o suor”, como se voltássemos a épocas remotas onde os escravos não tinham suas vozes ouvidas e eram obrigados a trabalhar a troco de pão e água. Mas os tempos são outros e o poder de barganha do funcionário aumentou e muito. Bom, mas voltando ao caso, funcionários estão sendo substituídos por estagiários, que tem remuneração baixa, alguns benefícios que enchem os olhos dos recém-formados e por isso, mergulham de cabeça nas empresas.

Nada de errado na contratação dos estagiários, é só uma questão de ética profissional. A mesma ética cobrada na realização das atividades, a mesma ética cobrada no trato com os clientes, mas ela está sendo deixada de lado. Quando se quer uma equipe produtiva, nada mais usual e aplicável que proporcionar boa qualidade de ambiente aos colaboradores. Achar o devido espaço de cada um de acordo com sua formação e aí sim, absorver cada milímetro de conhecimento em função da empresa, mas que ele também seja reconhecido pelo seu potencial e dedicação.

Empresas que usam o funcionário e depois de tudo pronto e trocam por outro de menor valo, não pode ocupar espaço no mercado. O caráter do gestor está à prova, assim que um for observada esta prática, muito provável que perca sua posição, sem rodeios. Os donos das empresas precisam ficar atentos com a capacitação e atuação dos seus subordinados de cargos de confiança. Largar a empresa nas mãos de indivíduos que tomas atitudes como esta, pode custar a longevidade da marca e da empresa. Sem contar que, caso isso chegue ao conhecimento do cliente final, corre-se o risco de perdê-lo.

Então, pela aplicação das boas praticas no mercado de trabalho, devemos ficar antenados aos sistemas de gestão que nos rodeiam para não perder o foco requerido pelas empresas. A época dos senhores de engenho já passou, e os “escravos” da atualidade tem a seu favor formação compatível com as funções e merecem respeito e posição adequada no mercado.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quanto custou a crise mundial de 2008?

A tão temida crise de 2008 já passou, isso é o que todos os indicadores mostram. Economias em crescimento, empresas investindo pesado em novas tecnologias, emprego em alta, todo como era antes. Mas, ficou algum resíduo? Sim ficou. Ficou o que algumas empresas queriam fazer, mas não tinham uma oportunidade, e com a crise foi um prato cheio.

Ouvi um amigo do serviço comentar que, estava completando 20 anos na empresa e não havia recebido sequer um e-mail parabenizando pelo tempo destinado à empresa. Uma pena, pois seria uma forma de “agradar” o funcionário e ainda proporcional um bônus pelo tempo desprendido na empresa. Mas não foi o que aconteceu, nada de e-mail, nada de premio nada de nada. O fato é que, quanto mais o tempo passa, mais algumas empresas deixam a desejar em matéria de preservação do seu capital humano. Quanto custa o envio de um e-mail para parabenizar um individuo que se empenha como colaborador?

É muito barato não é mesmo? Mas os mais desavisados gestores deixam á desejar correndo o risco de, agora na retomada da economia, ver seu empregado ir para o concorrente. Na atual conjuntura, qualquer “agrado” muda a cabeça do individuo. Os benefícios que são praticamente padrão, planos de saúde, odontológicos, vale-transporte, premio de produção, e por aí vai, mas falta o reconhecimento pelo tempo de prestação de serviço. Uma coisa tão simples, que terá um impacto muito positivo na empresa.

Imagine a satisfação dos familiares do colaborador ao participarem de uma festa em homenagem ao seu pai ou mãe. O cidadão sendo chamado no palanque para receber uma placa parabenizando pelos anos de bons serviços prestados, não tem alegria maior. Sem contar o registro fotográfico que vai ficar para a posteridade e na memória os momentos de alegria proporcionados pela festa.

Bom, mas isso é só no modelo antigo, o atual não contempla mais o evento. E não se sabe o porquê, simplesmente a argumentação é a crise. Meus amigos, a crise já passou, e mais, a economia forte do país permitiu que não tivesse um impacto tão grande. A resposta é que realmente era uma das oportunidades que as empresas estavam esperando para se livrar deste evento, e economizar uma quantia de dinheiro.

Torço para que a empresa reveja suas atitudes, e agora com a aceleração dos seus negócios, possam novamente cativar seus colaboradores com tão grandioso evento. E meu amigo, seja novamente recompensado com a sua festa e com seu bônus que o deixaria muito feliz. As coisas estão melhor que antes, e muito, só falta mesmo os gestores mais relapsos se antenarem para os fatores que realmente tem importância para o relacionamento Patrão x Empregado.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aprenda a dizer NÃO

Acumular serviço pra dizer que trabalha muito é coisa do passado. Não se tem mais esta cultura nas atuais organizações. Porém, muitos funcionários e patrões vivem às turras pelo fato das empresas reduzirem seus quadros funcionais para evitar custos. Isso acarreta em excesso de atividades para determinados funcionários. Mas qual seria o segredo para se livrar do fardo pesado de atividades de outras pessoas? A resposta é: encare o problema de frente e vá conversar com seu gestor.

Não é de hoje que as reclamações se dão nos corredores, nos cafezinhos, no churrasco de fim de semana, porém, se o assunto não chega diretamente ao chefe, causa continuidade e gera transtorno. Nada pode ser às escuras, as pessoas tem que ficarem atentas aos pequenos detalhes que cercam o contexto dos escritórios das empresas. Tudo é uma questão de adaptação às novas tendências do mercado. Cada profissional tem seu limite e este limite deve ser respeitado e monitorado.

O gestor, com todo seu gabarito de observador, deve atentar-se ao que acontece ao seu redor, de participar das reuniões de resultados para saber se sua equipe está ou não com acumulo de funções. Criar um ambiente de “paz” é gerar resultados positivos para a empresa e não apenas levar números aos superiores para ganhar elogios em reuniões com os acionistas. É a hora da verdade e por isso a parceria deve ser positiva e sincera, tanto do gestor quanto do empregado.

Cada um tem que conhecer a fundo suas atividades, as Descrições de Cargos devem ser revisadas frequentemente para facilitar o bom andamento das ações na empresa. Com tudo isso, cabe também ao funcionário questionar e “gritar” quando perceber que está sobrecarregado e os prazos começam a ficar curtos demais para o fechamento das atividades. Criar ilusões quando o real é o mais sensato não funciona, e não perder o senso de responsabilidade.

Parceria é a palavra-chave para o sucesso. Parceria de ida e vinda, não pode ser apenas para uma só direção. Crie o hábito das reuniões de alinhamento também para o trabalho do dia-a-dia, para as atividades que aparentam não ter tanta importância, mas que sim, são de fundamental valia para a empresa. Tenha o controle da situação, elabore Atas de Reunião para que tudo fique registrado e que ninguém diga, depois, que não sabia de nada.

Proa para o Norte, como diria um amigo empresário do ramo de turismo, e aprenda a dizer NÃO quando as coisas estiverem difíceis.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Insatisfação gera baixa produção

Ter chefe ranzinza é terrível. Quem nunca teve. Esse dilema que nos remete aos mais longínquos tempos de gestão de pessoas faz lembrar que as regras são outras os tempos são outros, mas a insatisfação é a mesma. Pouca gente tem plena convicção que seu trabalho não causa estresse por tem um “rabugento” par que não dá sossego, isso cansa, de verdade enche mesmo.

É um tal de ordem pela metade, ou indireta que não atinge o objetivo que é chamar a atenção do indivíduo que fez algo errado. Seria tão mais simples se a chefia não complicasse, se não inventasse atalhos mais longos até o funcionário, até seu foco verdadeiro. O que mais aborrece é a falta de comunicação direta ter objetivo, conseguir um bom feedback causado por uma ação que gere uma reação favorável ao seu emitente. Mas as coisas não vão bem, não estão caminhando nesta direção, isso cansa.

Quanto mais o tempo passa mais algumas empresas perdem o foco de liderança, se é que algum dia tiveram. Por favor: Administração é para Administrador e ponto final. Caso queira aprender, vá estudar as teorias o início das escolas de Administração, mas não fique aí reinventando a roda, isso vai contra a maré. São raros os casos de pessoas que se deram bem sem ter frenquentado boas escolas, isso é raro, a busca pelo conhecimento é infinita, mas tentar resolver as coisas por si mesmo é balela.

Mas segue a vida, mesmo sem muita direção, segue. Só não sei até quando estas empresas vão agüentar ou ocupar um lugarzinho ao sol. Muitas já se formam e muitas ainda vão quebrar não por falta de capital de giro ou por outras turbulências, mas por terem chefias sem preparação que acham que a gestão é igual à receita de bolo de laranja. O bolo delas vai solar, não tem jeito. Precisam abrir os olhos com máxima urgência ou então não tem mais salvação.

Ainda bem que existem pessoas de bom senso no mundo. Que buscam realmente um bom lugar ao sol. Querem prosperar sues negócios de maneira solida e que o “conjunto” cresça de maneira igual, que os colaboradores estejam empenhados e focados nos objetivos da empresa. Isso não é fácil, mas também não é impossível. Tem que haver planejamento, muito planejamento, buscar a perfeição, otimizar os processos, evitar perda de tempo e de materiais, tudo isso deve ser considerado, e mais preservar o capital intelectual do colaborador, realmente dar a oportunidade de pessoas contribuírem para o negócio.

É um pequeno desabafo, não agüento mais tanta hipocrisia no mundo corporativo. Chefe é uma coisa, LÍDER é outra totalmente diferente. Líderes têm total conhecimento das suas atribuições e não fica atirando no escuro e de olhos vendados como alguns que se dizem chefes.