Essa
foi a pergunta curiosa que uma senhora fez ao cobrador do coletivo hoje às 7hs
da manhã. Parece estranho, mas fiquei com isso na cabeça e vendo as explicações
do funcionário da empresa em não ter parado no ponto no dia anterior conforme a
passageira gostaria e com isso foi obrigada a entrar em outro ônibus, que com
certeza após esta pergunta, ficou chateada.
O
que a senhora estava questionando é um assunto muito estudado na Administração,
principalmente em Marketing, pois trada exatamente de uma das principais
atitudes do consumidor e que com o tempo, em alguns casos, perdeu a força. Quem
aqui não é fiel a uma marca? Todo mundo é, um sabonete, uma cerveja, um carro,
um cigarro (cuidado com esse vício), um programa de tv, um desenho animado, uma
série, todos tem um jeito especial de reverenciar uma marca ou um produto.
Talvez algumas pessoas após a leitura deste texto possam dizer, ei, eu não sou
assim, mas de alguma forma tem o seu vício.
E
foi o caso da passageira hoje pela manhã, ela é cliente assídua do horário e
sabe cada curva da estrada pelo tempo que utiliza o serviço, e por esse motivo,
não admite ter que utilizar outro horário ou outro ônibus. Outra coisa que me
chamou a atenção foi a resposta do funcionário quando a senhora questionou por
que não haviam parado no ponto, ele argumentou que por se tratar de um reforço
os motoristas alternam as paradas nos pontos para “dividirem”” a “carga” e que
por este motivo não foi feita a parada para a senhora. Claro que ela não
concordou e disparou a pergunta que intitula o texto. E com ela emudeceu o
funcionário que não conseguiu uma resposta a altura da pergunta.
Esse
segundo ponto também serve para uma avaliação, será que as empresas ou mesmo os
empregados estão com o mesmo foco? Será que tem a noção do quanto às pessoas
admiram a marca/produto da empresa? Pode ser que a empresa tenha um trabalho
que leve para esta direção e que dê treinamento específico ao funcionário, mas
com certeza o cobrador faltou nesta aula, pois não conseguiu explicar para a
senhora porque a deixou viajar em outro ônibus.
A
fidelização é algo que enraíza no consumidor e para haver uma troca é preciso
de um fator, como o que narrei acima, seja determinante par a tomada de
decisão. Claro que nos dias de hoje o preço influencia bastante, a qualidade do
serviço também, as empresas tem essa preocupação e através dos canais de
comunicação, ouvem e tentam entender quais serão as mudanças que o consumidor
gostaria, ou mesmo que as mudanças não aconteçam e o produto/serviço se mantenha
da mesma forma de sempre.
Realmente
é um assunto muito interessante de se discutir, o relacionamento
empresa/consumidor vive em cima da navalha, nada pode ser alterado sem a
“permissão” de quem está do outro lado do balcão e este não foi consultado pela
empresa. Por sua vez, as empresas devem aproveitar essa consultoria eterna para
buscarem melhorias constantes nos produtos que oferecem e tornar a relação com
os consumidores eternas.
Um
brinde à Coca-cola gelada no almoço, no churrasco, na praia, em qualquer
lugar...