quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O QUE É PRIORIDADE, O PROCESSO OU O TODO?


Isso era pra ontem... Quem nunca ouviu no mundo corporativo essa frase que atire a primeira pedra. A correria que impera nas empresas hoje, não permite que haja falhas nos processos produtivos, já que o produto/serviço é o principal proposito da existência da empresa. Mas me pergunto, e as atividades que dão suporte ao processo principal, não tem importância? A copiadora quebrada, o carro sem o farol, o empregado com problemas de contato com o fornecedor, a documentação sem padrão, tudo isso são atividades e problemas que os gestores parecem ignorar e nomeiam seus “subordinados” para resolverem e na verdade nada é resolvido, pois a palavra final é do chefe e pronto.

O difícil é fazer o chefe entender que existem outras coisas que precisam de atenção e que em algum momento vão emperrar o processo, aí pronto, a bronca vem de cima pra baixo sem piedade, sobra pra todo mundo. Na verdade não deveria ser assim. Se há na empresa processos bem definidos e com as devidas responsabilidades descritas e claras a possibilidade das coisas emperrarem é reduzida a quase zero. São atitudes que requerem algum tempo, mas o seu resultado e vantagens são percebidas ao longo do tempo, e tempo é um fator decisivo nas empresas hoje, não há tempo sobrando pra ninguém, principalmente os gestores.

Quando me deparo com situações desse tipo fico pensando o que vai acontecer se um superior do meu chefe chegar à minha sala cobrando alguma coisa que eu sei que está errado? Terei que ouvir calado os desaforos e ao mesmo tempo lembrando dos e-mails que eu mandei pro meu gestor, as conversas que tivemos sobre as prioridades do meu setor, das reuniões que nunca aconteceram, tudo isso está evidenciado, mas não era a prioridade naquele momento, e eu terei que ficar quieto ouvindo o “boss”. Falta atitude de muitos gestores, falta assumir de verdade que todas as atividades são importantes para o resultado do processo, da mais simples a mais complexa. Se não há condições dele coordenar tudo ao mesmo tempo, e isso é uma das suas atribuições, que delegue para outra pessoa e que esta tenha poder de decisão e não seja apenas mais um carregando o “fardo”.

Seria tudo mais fácil se os gerentes pudessem ficar ao lado de cada colaborador o tempo todo resolvendo problemas, mas não se pode esperar isso, deveria haver um consenso que processo bem elaborado é processo eficaz. O tempo é uma ferramenta que decide futuro de tudo hoje e para isso temos que ter as ferramentas corretas para cada atividade e se precisarmos de ajuda da chefia, que alguém com autoridade e condições de tomar decisão esteja conosco, eleger pessoas sem poder de decisão é comprar “gato por lebre”. Os RH’s deveriam participar mais atentamente da escolha das pessoas que terão cargo de chefia, assim seria possível mapear a capacidade do candidato e traçar um resultado pretendido.

Sempre é um desperdício de tempo quando se marcam reuniões para definir assuntos “menos” importantes e estas não acontecem a outo-estima do grupo, sabedor das necessidades do setor, fica abalada, pois sabem que os problemas vão continuar e nada será feito. Postergar os problemas é como empurrar uma pequena bola de neve ladeira abaixo, ao final do seu percurso vai causar um estrago enorme por não ter recebido a tratativa ideal quando necessário.

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