Isso
era pra ontem... Quem nunca ouviu no mundo corporativo essa frase que atire a
primeira pedra. A correria que impera nas empresas hoje, não permite que haja
falhas nos processos produtivos, já que o produto/serviço é o principal
proposito da existência da empresa. Mas me pergunto, e as atividades que dão
suporte ao processo principal, não tem importância? A copiadora quebrada, o
carro sem o farol, o empregado com problemas de contato com o fornecedor, a
documentação sem padrão, tudo isso são atividades e problemas que os gestores
parecem ignorar e nomeiam seus “subordinados” para resolverem e na verdade nada
é resolvido, pois a palavra final é do chefe e pronto.
O
difícil é fazer o chefe entender que existem outras coisas que precisam de
atenção e que em algum momento vão emperrar o processo, aí pronto, a bronca vem
de cima pra baixo sem piedade, sobra pra todo mundo. Na verdade não deveria ser
assim. Se há na empresa processos bem definidos e com as devidas
responsabilidades descritas e claras a possibilidade das coisas emperrarem é
reduzida a quase zero. São atitudes que requerem algum tempo, mas o seu
resultado e vantagens são percebidas ao longo do tempo, e tempo é um fator
decisivo nas empresas hoje, não há tempo sobrando pra ninguém, principalmente
os gestores.
Quando
me deparo com situações desse tipo fico pensando o que vai acontecer se um
superior do meu chefe chegar à minha sala cobrando alguma coisa que eu sei que
está errado? Terei que ouvir calado os desaforos e ao mesmo tempo lembrando dos
e-mails que eu mandei pro meu gestor, as conversas que tivemos sobre as
prioridades do meu setor, das reuniões que nunca aconteceram, tudo isso está
evidenciado, mas não era a prioridade naquele momento, e eu terei que ficar quieto
ouvindo o “boss”. Falta atitude de muitos gestores, falta assumir de verdade
que todas as atividades são importantes para o resultado do processo, da mais
simples a mais complexa. Se não há condições dele coordenar tudo ao mesmo
tempo, e isso é uma das suas atribuições, que delegue para outra pessoa e que
esta tenha poder de decisão e não seja apenas mais um carregando o “fardo”.
Seria
tudo mais fácil se os gerentes pudessem ficar ao lado de cada colaborador o
tempo todo resolvendo problemas, mas não se pode esperar isso, deveria haver um
consenso que processo bem elaborado é processo eficaz. O tempo é uma ferramenta
que decide futuro de tudo hoje e para isso temos que ter as ferramentas
corretas para cada atividade e se precisarmos de ajuda da chefia, que alguém
com autoridade e condições de tomar decisão esteja conosco, eleger pessoas sem
poder de decisão é comprar “gato por lebre”. Os RH’s deveriam participar mais
atentamente da escolha das pessoas que terão cargo de chefia, assim seria
possível mapear a capacidade do candidato e traçar um resultado pretendido.
Sempre
é um desperdício de tempo quando se marcam reuniões para definir assuntos
“menos” importantes e estas não acontecem a outo-estima do grupo, sabedor das
necessidades do setor, fica abalada, pois sabem que os problemas vão continuar
e nada será feito. Postergar os problemas é como empurrar uma pequena bola de
neve ladeira abaixo, ao final do seu percurso vai causar um estrago enorme por
não ter recebido a tratativa ideal quando necessário.
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