terça-feira, 23 de agosto de 2016

UM DIA FRIO, UM BOM LUGAR PRA LER UM LIVRO

Tomo a liberdade de utilizar um trecho da belíssima canção do Djavan em mais um texto. Mas realmente hoje está frio e nada como uma boa leitura para refletir sobre como andam as coisas no mundo corporativo. Ouvi essa semana sobre o poder de atuação ou a preocupação do diretor de uma empresa com a saída de uma funcionária de vários anos de carreira e levando com ela o conhecimento adquirido pela porta da frente. Já falei sobre este assunto há 4 anos em um outro texto, mas me parece que a mentalidade continua sendo a do: aprendi a fazer gestão no armazém do meu avó, isso aquele que os gatos dormiam sobre os sacos de alimento....

O conhecimento está aí para todos, mas apenas um pequeno grupo está disposto a busca-lo e acima de tudo, colocar em prática. Empresas familiares são as que mais me deixam com os poucos cabelos que tenho, de pé. Uma visão fechada de negócio. Uma política de manutenção que privilegia aqueles funcionários de carreira que chegaram lá desde o primeiro tijolinho e foram ficando, mas ficando também moldados ao que sempre fizeram ao longo dos anos, sem estudar, sem reciclagem, sem novos horizontes, sem, sem e sem. Parece até piada né, mas não isso é bem real as empresas familiares principalmente, mas no setor privado também acontece.

O que mais me incomoda é a falta de percepção dos gestores dessas empresas quanto ao futuro, será que não percebem que um dia terão que substituir esses profissionais e que se não houver a preparação de novos profissionais aos cargos? Essa transição leva muito tempo pra ser configurada e os profissionais escolhidos devem atender a requisitos mínimos de experiência e graduação acadêmica logicamente. Não se lapida um diamante da noite para o dia, leva tempo para ser conseguir competência e dedicação necessários ao mercado nos dias de hoje.

Mas o problema não se limita em escolher, treinar e desenvolver os profissionais, a empresa como um todo deve ser preparada, nem sempre essas mudanças agradam de forma geral. Ainda temos os “invejosos e acomodados”, sim aquelas pessoas que, chegam de manhã sentam em suas mesas para o “basicão” e ainda acham que o que fazem é suficiente e “tá bão” demais. Nada de estudos, nada de cursos e querem ser os futuros gerentes, coordenadores, chefes. A escolha e divulgação das pessoas que ocuparão cargos dos “caciques” envolvem os RH’s pois estes, tem a missão de planejar como serão implementadas as substituições, a comunicação, as festas, por que não e todo o ciclo que envolve as relocações.

Repito que, quem vai embora leva junto, caso a empresa não tenha se preparado em desenvolver e implementar os procedimentos, manuais, cartilhas das funções que existem, se não o fez, “bye bye” memória da empresa, tchau informações e conhecimentos, vai embora com quem for e esse é um dos maiores patrimônios que a empresa não pode perder, o conhecimento.

Atenção gestores! Não permita que isso ocorra em sua empresa, sr diretor e proprietário de empresas familiares, cuidado! Os que ficam, são aqueles que tocarão seu empreendimento, quem se vai, foi e tchau!! Um bom lugar pra ler um livro...

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