Tomo
a liberdade de utilizar um trecho da belíssima canção do Djavan em mais um
texto. Mas realmente hoje está frio e nada como uma boa leitura para refletir
sobre como andam as coisas no mundo corporativo. Ouvi essa semana sobre o poder
de atuação ou a preocupação do diretor de uma empresa com a saída de uma
funcionária de vários anos de carreira e levando com ela o conhecimento
adquirido pela porta da frente. Já falei sobre este assunto há 4 anos em um
outro texto, mas me parece que a mentalidade continua sendo a do: aprendi a
fazer gestão no armazém do meu avó, isso aquele que os gatos dormiam sobre os
sacos de alimento....
O
conhecimento está aí para todos, mas apenas um pequeno grupo está disposto a
busca-lo e acima de tudo, colocar em prática. Empresas familiares são as que
mais me deixam com os poucos cabelos que tenho, de pé. Uma visão fechada de
negócio. Uma política de manutenção que privilegia aqueles funcionários de
carreira que chegaram lá desde o primeiro tijolinho e foram ficando, mas
ficando também moldados ao que sempre fizeram ao longo dos anos, sem estudar,
sem reciclagem, sem novos horizontes, sem, sem e sem. Parece até piada né, mas
não isso é bem real as empresas familiares principalmente, mas no setor privado
também acontece.
O
que mais me incomoda é a falta de percepção dos gestores dessas empresas quanto
ao futuro, será que não percebem que um dia terão que substituir esses
profissionais e que se não houver a preparação de novos profissionais aos
cargos? Essa transição leva muito tempo pra ser configurada e os profissionais
escolhidos devem atender a requisitos mínimos de experiência e graduação
acadêmica logicamente. Não se lapida um diamante da noite para o dia, leva
tempo para ser conseguir competência e dedicação necessários ao mercado nos
dias de hoje.
Mas
o problema não se limita em escolher, treinar e desenvolver os profissionais, a
empresa como um todo deve ser preparada, nem sempre essas mudanças agradam de
forma geral. Ainda temos os “invejosos e acomodados”, sim aquelas pessoas que,
chegam de manhã sentam em suas mesas para o “basicão” e ainda acham que o que
fazem é suficiente e “tá bão” demais.
Nada de estudos, nada de cursos e querem ser os futuros gerentes,
coordenadores, chefes. A escolha e divulgação das pessoas que ocuparão cargos
dos “caciques” envolvem os RH’s pois estes, tem a missão de planejar como serão
implementadas as substituições, a comunicação, as festas, por que não e todo o
ciclo que envolve as relocações.
Repito
que, quem vai embora leva junto, caso a empresa não tenha se preparado em
desenvolver e implementar os procedimentos, manuais, cartilhas das funções que
existem, se não o fez, “bye bye” memória da empresa, tchau informações e conhecimentos,
vai embora com quem for e esse é um dos maiores patrimônios que a empresa não
pode perder, o conhecimento.
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