Sei
que já escrevi sobre a gestão de pessoas em outros textos, mas por observar
alguns eventos atuais resolvi falar um pouco mais sobre este delicadíssimo
assunto. Não é nada fácil lidar com as diferenças culturais em uma empresa, com
os egos feridos e com a possibilidade constante de conflitos. A posição da
empresa e principalmente do gestor direto vai influenciar no resultado desta
situação, querendo ou não, virar as costas e deixar “o barco seguir” não é a
melhor opção.
Muitos
dos problemas são relacionados à falta de diálogos constantes entre a empresa e
seus colaboradores, um dos principais sintomas é quando um colega vem e reclama
de algum par ou mesmo da chefia por diversos motivos. Relatórios incompletos ou
não satisfatórios, falta de agenda para os problemas “menores”, falta de
entrosamento com o colega da baia do lado, ou seja, poderia ficar aqui listando
uma infinidade de assuntos, mas este problema tem seu início real na falta de
planejamento das ações diárias.
Quando
uma empresa começa a receber uma demanda de serviços e a equipe não está
corretamente dimensionada para o atendimento, os problemas começam. Nesta fase
os gestores são pressionados por resultados, mas não conseguem manter o padrão
de atendimento por não dispor de profissionais habilitados e em número
suficiente. E quando chega a este ponto, as empresas deveriam fazer o seu dever
de casa e replanejar sua estrutura, mas não fazem tendo aí, início ao ciclo de
ruptura da boa convivência.
Trabalhei
em uma empresa e um amigo foi convidado a trabalhar em outro local e não
hesitou e aceitar o convite. Porém com a data do desligamento se aproximando,
este deixou de cumprir suas obrigações básicas pertinentes a sua atividade
atual e seu foco era apenas cumprir a fase do aviso e ir embora. Este tipo de
comportamento é lamentável, pois o profissional tem um histórico e um nome a
zelar. Não dá pra simplesmente virar as costas às suas atribuições, e se for
pra agir desta forma, é melhor pedir logo o desligamento da empresa atual.
Outra
questão é a posição do gestor imediato, não pode aceitar que as coisas
aconteçam e ficar simplesmente assistindo. Deve sempre se posicionar para a
equipe de forma que cada um entenda perfeitamente o seu papel na organização. Uma
boa conversa vai evidenciar a posição dos envolvidos e ajudará a formatarem o
convívio ideal no ambiente corporativo. Cabe ao funcionário ter ética nas suas
ações e saber que não cabe a empresa se adequar ao seu comportamento, é o
contrário não tem jeito.
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