terça-feira, 12 de maio de 2009

O porco e mosquito

Algumas coisas acontecem e não são tão fáceis de se entender. Nos últimos dias os noticiários de todo o planeta tem noticiado a temida gripe suína que agora virou gripe A com um punhado de letras e números. Paises como os Estados Unidos e o México viveram dias de caos à medida que os casos iam se multiplicando descontroladamente. Portos, aeroportos e as fronteiras tentam, numa luta contra o tempo, impedir que pessoas oriundas dos paises que já identificaram a doença, deixem entrar pessoas com os sintomas e rapidamente adotam medidas extremas.

Em alguns paises, apesar das vigilâncias sanitárias de todo o mundo declararem que a doença não é transmitida pela carne de porco, tem sacrificado os pobres animais em verdadeiras matanças coletivas com o intuito de prevenir qualquer possibilidade de alastrar o vírus.

Muito bem o Brasil como sempre não poderia ficar fora desse clube de doenças seletas, como se já não bastasse os problemas que enfrentamos. Alguns casos notificados no sudeste foram suficientes para deixar a população em alerta vermelho. Agora o que me impressiona é a grandeza da divulgação de meia dúzia de casos da gripe. Mas o governo está se esquecendo de olhar pela janela para o quintal da própria casa. E como fica a dengue?

Um mosquitinho tem feito mais lambança do que a doença em questão, e nem por isso nota-se as autoridades indo às televisões intensificar o combate aos focos da doença. Basta fazer um pequeno levantamento no seu estado, ou até mesmo no seu município, para verificar a gravidade da situação. São milhares de infectados, alguns inclusive com o caso mais grave e que na maior parte dos casos levam ao óbito do paciente em poucos dias.

É inadmissível o tempo que tem sido depreendido para uma situação que está longe de ser um alarme geral, quando temos internamente situações beirando o caos. E as pessoas que dependem de transplantes? E os bancos de sangue? E por aí vai...

Parece ser mais fácil pronunciar que países têm intensificado a preocupação com suas barreiras no combate à doença do porco, ao invés, eles simplesmente sentam em cima do rabo e assistem a escalada do pequeno mosquito vencendo mais uma vez a batalha que parece não ter fim. Ponto para o mosquito.

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