quinta-feira, 27 de maio de 2010
A ineficiência do estado, agora assinado embaixo
Como toda concessão, esta não será diferente, uma grande empresa vai assumir por x anos e fará a gestão da “101” inserindo 07, isso mesmo sete praças de pedágio ao longo de pouco mais de 400km atribuindo de vez o peso de tudo isso ao pobre contribuinte. Imagine um passeio pelo litoral norte até a divisa com a Bahia, serão 03 praças e um custo estimado de R$ 14,00 para ir e R$ 14,00 para voltar. Insira a isso se o sujeito for um vendedor ou apenas trabalha na área, e some tudo isso a mais um imposto pago pelo trabalhador brasileiro.
Aí eu te pergunto, pra que servem os impostos que realmente deveria ser destinados a uma boa manutenção?? Mais uma vez seremos tratados com cobaias de um modelo de gestão falido em que se tornou o sistema brasileiro. É inadmissível o que está para acontecer. Você pode até dizer: isso vai ser bom por que agora teremos boas rodovias para trafegar. Ok concordo, mas e os impostos que se paga para esta conservação agora vai pra onde?? Pra minha conta não será.
Aqui no estado, não demora muito e irão fazer isso no aeroporto, uma obra que já está com atraso de 3 anos devido a roubalheira na condução da obra. E pelo visto, em algum momento o estado assume sua incompetência e transfere para a iniciativa privada. Lamentável. Dizem que talvez em breve o Exército Brasileiro poderá assumir a obra, pois é os soldados preparados para defender o nosso território, estarão à disposição de uma obra que se, já fosse privada, em dois anos e meio estaria pronta.
A grande reflexão de tudo isso é saber se realmente um dia teremos um modelo decente de gestão publica. A coisa já vem errada de muito tempo, e todos que entram lá, tem apenas preocupação de buscar regalias e benefícios próprios, nada de novo é apresentado em função do bem coletivo. Será que um dia a situação mudará??
quinta-feira, 20 de maio de 2010
“QI”: entre o Bem e o Mal
Poucas práticas nas empresas são tão usuais como a dos famosos QI’s. Muito se fala sobre qual o limite da ética no caso das indicações feitas por pessoas próximas à empresa, se é que existe um limite. Acredito que existem dois lados para se avaliar: o da empresa e a dos seus colaboradores. Pela empresa a comodidade de se ter uma pessoa com referencias e sem a necessidade de “garimpar” em meio a candidatos que oferecem, seus currículos aos montes no mercado, essa facilidade é opção da maioria por mais que não admitam isso.
Já pelo lado do colaborador a prática não bem vista. Imagine que está na empresa há vários anos quando surge uma oportunidade e ela é preenchida por uma pessoa de fora. Isso atrapalha qualquer processo dentro da organização. Por menor que seja o cargo terá um impacto. Conheço uma empresa que recentemente admitiu um desses “indicados” e o clima na empresa não ficou nada bom. Até por que isso vai de encontro aos princípios de varias empresas onde a preferência é pelos funcionários que já estão inseridos na atividade e que também merecem, por respeito, uma posição melhor na empresa.
A questão é: qual a melhor forma de contratação? Em administração não existe receita de bolo. O que existe são vários métodos que não são adaptáveis a todas as empresas. Cada empresa tem um perfil e isso vale para as promoções e indicações. O certo é que, cada vez mais, o mercado necessita de profissionais bem qualificados e preparados para enfrentar situações adversas. Mas mesmo assim nem tudo é complicado. Existem empresas que os indicados partem dos próprios funcionários, com quem o chefe está em “link” direto o que facilita a identificação de boas opções. Nada de favorecimentos, neste caso isso é mais difícil de acontecer, já que existem critérios.
De maneira geral as indicações são um risco para que indica. “quem vê cara, não vê coração”. Seu melhor amigo, o companheiro de todas as horas pode não ser um profissional adequado para certas funções. E este fato pode queimar a sua imagem perante seu gerente. Pensem bem em que você está indicando. Não confunda as coisas, afinal, amizades á parte. Aos que estão aguardando uma oportunidade, o mais sensato e “candidatar-se” à vaga demonstrando sempre muito interesse e habilidade perante a função desejada. A cada dia o mercado exige que dos profissionais, sinergia, e que sejam adaptáveis ao novo modelo que as empresas tem apresentado.
Seja proativo, não passe a vida inteira esperando ser um dos “indicados” ou vai acabar na mesma função e na mesma empresa eternamente.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Pega com raiva que o serviço acaba
Quando já estávamos com os cabos de aço esticados e o *tifor começou a trabalhar, recordo-me muito bem das palavras do encarregado Hernandes: “Vâmo Capixaba, pega com raiva que o serviço acaba logo”. E dai pra frente parecia que as palavras eram realmente de incentivo, a coisa fluía o “trampo” acabava bem antes do que o cronograma previa e o resto da noite era de descanso.
O fato narrado acima faz parte da minha época de “peão” na fábrica de celulose, e serve para ilustrar como um bom comando é importante na frente de qualquer atividade. Foram 35 noites de muito trabalho, sofrimento puro, mas digno trabalho fizesse calor ou frio tínhamos que fazer o que era determinado, e a frente da equipe de mecânica, o encarregado Hernandes, cabo da reserva do Exercito Brasileiro. Ele conduzia a coisa com mão de ferro. Era linha dura, não tolerava que o serviço fosse feito “meia boca” como se diz no jargão do chão de fábrica. Mas sempre conseguia que a equipe entregasse a tarefa. O mais engraçado é que não conseguíamos ficar com raiva dele, ele sabia como conduzir a situação.
As empresas têm carência de pessoas que saibam o que fazer e como fazer. Tem apenas pessoas que sabem a metade disso. Ou sabem o que , ou como. Isso é uma limitação para muitos lideres de turma e serve de preocupação para muitos gestores. As empresas devem ter políticas claras de como seus colaboradores devem executar as tarefas e quem deve mandar. A coisa frouxa não funciona. O Hernandes, quando dava um certo horário da madrugada que a coisa tava pegando mesmo, ele chamava a equipe e dizia que era hora de tomar um café e já sabíamos que quando a turma voltasse para a frente de trabalho, tudo ia ser diferente e o que parecia estar complicado, acharíamos uma solução mais branda.
Eu gostava quando ele falava par pegar com “raiva” que o serviço anda. Isso era até divertido, ela já falava e dava um sorriso meio que tímido, sabia que estava nos ajudando a resolver os problemas, que eram sempre muitos e as tarefas sempre perigosas com equipamentos que muitos não conseguem imaginar. Mas sempre tudo era resolvido.
Existem muitas pessoas que trabalham com pessoas que acreditam cegamente que a forma de condução deve ser à moda antiga, com palavras de baixo calão, gritaria e gestos só pra mostrar força, mas isso aos poucos, ou melhor, de maneira muito rápida vem mudando e dando ares mais humano às relações entre as pessoas. Faço questão de dizer que não era nada bom trabalhar em locais altos, confinados, sujos, mas tinha a certeza que com a boa gestão do Hernandes, a tarefa seria entregue de maneira correta, segura e que ele sempre, ao termino da atividade, nos daria como prêmio, o resto da madrugada de folga.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Mais respeito aos “GRANDES” músicos do Brasil
Lembro bem de algumas canções que ouvia no rádio e na tv quando era garoto e na maioria das vezes, ao fim da canção os créditos eram quase sempre para as mesmas pessoas: a dupla Michael Sullivam e Paulo Massadas, grandes compositores da nossa MPB. Sem contar que os caras eram e ainda são os mais gravados do Brasil, sabem fazer uma musica de qualidade. Mas esta semana lendo as noticias da internet me vem um surpresa: a crítica chamando o Michael de “brega” em letras garrafais. O fim do mundo, um verdadeiro atentado contra o musico brasileiro.
A matéria, que de “gruja” trazia uma entrevista com o compositor, comentava um show recente em que da platéia ouviu-se o comentário que as musicas não eram da pessoa que se apresentava e sim que ele estava ganhando dinheiro com composição dos outros e isso foi um prato cheio para os donos do mundo da crítica. Aí falo uma coisa, esta é a mesma critica que rasga seda para “Rebolation”, tenha dó. Não dá pra acreditar que o mesmo cara que critica um musico gabaritado e reconhecido, se derrama todo por mais um grupinho baiano, que já nasce morto, e esquece de analisar a musica em sua essência.
Não é de hoje que venho batendo na mesma tecla com esses grupos “cometa” que mal aparecem e “plim” somem sem deixar um pingo de saudades. Puramente comercial é o que a musica está se transformando por conta de méis dúzia de empresários que aproveitam um momento e só pensam no hoje, em agradar os pobres mortais que adoram ouvir de cima dos trios elétricos: “...mãozinha pra cima... vai começar o rebolation... vai pra lá, vem pra cá..” terrível ilusão. Já me curei disso. Por favor não pensem que estou ou sou contra o axé, na minha época era tratada como “musica baiana” e era um tempo muito diferente, havia mais profissionalismo no trabalho apresentado. Hoje basta fazer uma sequenciazinha de F / Gm / C7, e pronto toca axé a noite toda sem o menor trabalho.
Isso acontece em todos os seguimento de musica. Estamos na onda do sertanejo universitário, como se os caras, não muito diferente da época do pagode, fossem estudantes ou a musica aparentemente fosse direcionada ao estudantes, mas nada disso. É só uma frescura dos promotores de evento pra chamar atenção. Não gosto disso. Que vai lembrar desses caras daqui há 5 meses? Alguém me faça uma lista de 5 grupos de pagode que estouraram e que não sejam, Exalta, Katinguelê, Revelação, vamos lá, alguém se prontifica? É isso que estou falando, os grupos cometa que já foram embora por não ter nada de qualidade e simplesmente representar a “vontade” de um empresário sem caráter.
A musica brasileira é um grande celeiro de grandes músicos reconhecidos no mundo inteiro. O povo aqui sabe fazer a coisa direito. E pra reforçar que não tenho nada contra os baianos, cito aqui dois grandes artistas da “terra boa”: Caetano e Gilberto Gil, que dispensam apresentações e “babação”. Agora me vem um critico que mal sabe o que comeu ontem falar mal da turma que tão bem representa nossa cultura bem feita. Dá um tempo....
terça-feira, 11 de maio de 2010
A Seleção Brasileira da sua empresa
Para quem gosta de futebol, o mês de junho é um prato cheio: ano de Copa do Mundo da África do Sul 2010. Ainda este mês sairá a convocação da nossa seleção “amarelinha”, o técnico Dunga tem a responsabilidade de juntamente com sua comissão, eleger os mais bem preparados jogadores para representar nossa pátria, 5 vezes campeã do mundial. Mas sinceramente tenho pena dele, deve ser uma pressão descomunal que o técnico sofre de todos os lados. Jornais, televisão, o padeiro, o jornaleiro, a esposa e os filhos, nessas horas ele deve ser uma pessoa que sofre.
Assim como a seleção, e você, já se viu sendo convocado para alguma seleção na sua empresa? A pergunta parece engraçada mas repare bem, aqueles grupos de funcionários que executam tarefas que aprecem ser bem complicadas e que, com certeza, já teve vontade de participar. Pois bem o que falta para você ser um dos convocados?
Talvez, meu amigo, falte muita coisa e só você ainda não viu. Faça uma avaliação pessoal do seu comportamento na empresa. Ou você se acha um Adriano ad vida? Nada de treinar, comportamento duvidoso, noitadas baladas, brigas, e mesmo assim se acha o craque. Espero que não seja desse tipo, pois se for, estará com sua vaga comprometida. É tudo parece perfeito mas não está. O técnico e o gestor observam tudo que é feito na empresa e com certeza seu comportamento é avaliado a todo instante e você nem percebeu. Talvez aquela escapadinha mais cedo pra viajar com a família não foi bem vista pelo chefe que apenas espera a oportunidade de te falar isso.
Muitos estão na empresa, mas a seleção é pequena, não existem muitas oportunidades. Quando se abre uma nova vaga de recrutamento, muita gente participa mas não entende por que ficou fora já que, na sua concepção , foi tão bem na dinâmica de grupos. Mas esquece de sua auto-avaliação, e a grande chance acaba indo pelo ralo. Que o diga o Ronaldo “Fenômeno”, que dificilmente vai ao mundial por desleixo com ele mesmo. E não são apenas os atletas que citei, existem vários nessa situação. Para eles isso é muito ruim, já que a concorrência e a disputa pelas vagas são acirradas, não se esqueça daquele seu amigo de sala que está arrebentando na obtenção das metas e todo mundo fala nele. É como se ele fosse o Neymar da empresa, isso aquele mesmo do Santos que todo mundo quer mas ainda não se sabe se o técnico vai chamá-lo. Mas está ali pronto pra atender.
Mas nem sempre os melhores são lembrados, existem os patrocinadores que são fortes na hora da escolha, e nas empresas não é diferente, existem os “QI’s” isso mesmo, os velhos indicados, aqueles que tiram sua oportunidade. Mas o que vale é o funcionário estar preparado para a sua convocação. Boa formação, língua estrangeira, firmeza nas ações, tudo isso garante boa posição na sua vaga quando a hora chegar, todos são observados, poucos os convocados, muitos os descartados, essa é a verdade. Os mal-comportados, por mais que já tenham tido sua chance, dificilmente serão lembrados outra vez. E isso custa caro para a carreira, de atleta e também de funcionário.
Então, assim como os “meninos da vila” tem feito com o Dunga, confunda a cabeça do seu chefe, seja proativo, seja diferente, chame a atenção para você, no bom sentido, seja a estrela da sua seleção. Com isso a concorrência vai crescer o olho em você, e com certeza seu passe será valorizado e seu salário, amigo, pode não ser comparado aos jogadores, mas terá um valor bem mais interessante.
E antes que eu me esqueça: alô Dunga, olha a garotada aí “arrebentando” a bola!!!
A informação e o “funcionário dinossauro”
Existe um velho ditado que diz assim: “Caixão não tem gaveta”.... pois bem quero falar sobre isso hoje. Uma boa conversa em que participei outro dia em um grupo de pessoas de um setor da empresa em que presto serviço, nos chamou a atenção para os funcionários que tem o terrível habito de reter informações. Sim, aqueles que se acham donos da “boca” e quem sabe, do mundo. É irritante a situação. Em alguns casos, chegam ao ridículo de rejeitar ajuda para não mostrar o “mapa da mina” de determinada atividade.
O lamentável é que inúmeras empresa fazem vista grossa para essa situação e aceitam pessoas que seguram e escondem informações importantes para o andamento de setor da empresa. A coisa simplesmente fica centralizada, guardada a 7 chaves. Se um setor é unificado e tem suas atividades e pessoas designadas a atender a empresa como um todo, tenho plena certeza que o conhecimento adquirido com o passar dos anos por funcionários de carreira, devem ser de conhecimento corporativo, e não tem outra historia. Quando vejo as coisas acontecerem fico imaginando o que essas pessoas pensam. Será que o conhecimento segura emprego de alguém?
Segura sim! Mas segura de quem tem conhecimento e sabe compartilhar com os demais funcionários e fazer o serviço acontecer, sem demagogia e sem nada escondido em gavetas e arquivos paralelos. É extremamente desagradável quando chega uma pessoa para ser atendida por um setor corporativo da empresa, e a resposta é: isso é só com “fulano de tal”. Fica a evidencia que algo no processo não vai bem. A coisa não caminha como deveria. A gestão da empresa é responsável direta em mapear estes problemas juntamente com os supervisores do setor. E caso seja identificado, não fazer com diversas empresas que acham muito bonito quando tem apenas uma pessoa que acumula os “segredos” de execução da tarefa.
Fico imaginando o que acontece se da noite para o dia esse funcionário recebe uma boa proposta de outra empresa, ou sofre um acidente, ou morre. E aí, o que a empresa vai fazer com o conhecimento daquele funcionário? Como citei no inicio do texto, o caixão não tem gaveta pra arquivar esse conhecimento, e lá se vai a memória da empresa junto do enterro. Acredito que a preocupação da empresa deve ser no sentido de organizar um “manual de desenvolvimento das atividades”, onde o passo-a-passo é desenhado e de maneira fácil, entendido por qualquer pessoa que tenha acesso a este manual. Nada substitui o valor das pessoas, aquilo que são e sabem fazer, mas fazer o que agrega para a empresa e o aos demais colaboradores.
Não vale a pena também, ficar se estressando com esse fato se a empresa em que você trabalha não tem interesse em eliminar ou limitar o problema. Existem gestores que gostam muito dos “funcionários dinossauros” na empresa. Mas se esquecem que caso eles não compartilhem as informações, no dia em que forem embora levaram junto tudo aquilo que aprenderam e que é tão valioso para a empresa. Torço para que isso mude aos poucos e que abram os olhos a tempo de estruturar as ações dando oportunidade aos mais novos de casa.