quinta-feira, 20 de maio de 2010

“QI”: entre o Bem e o Mal

Poucas práticas nas empresas são tão usuais como a dos famosos QI’s. Muito se fala sobre qual o limite da ética no caso das indicações feitas por pessoas próximas à empresa, se é que existe um limite. Acredito que existem dois lados para se avaliar: o da empresa e a dos seus colaboradores. Pela empresa a comodidade de se ter uma pessoa com referencias e sem a necessidade de “garimpar” em meio a candidatos que oferecem, seus currículos aos montes no mercado, essa facilidade é opção da maioria por mais que não admitam isso.

Já pelo lado do colaborador a prática não bem vista. Imagine que está na empresa há vários anos quando surge uma oportunidade e ela é preenchida por uma pessoa de fora. Isso atrapalha qualquer processo dentro da organização. Por menor que seja o cargo terá um impacto. Conheço uma empresa que recentemente admitiu um desses “indicados” e o clima na empresa não ficou nada bom. Até por que isso vai de encontro aos princípios de varias empresas onde a preferência é pelos funcionários que já estão inseridos na atividade e que também merecem, por respeito, uma posição melhor na empresa.

A questão é: qual a melhor forma de contratação? Em administração não existe receita de bolo. O que existe são vários métodos que não são adaptáveis a todas as empresas. Cada empresa tem um perfil e isso vale para as promoções e indicações. O certo é que, cada vez mais, o mercado necessita de profissionais bem qualificados e preparados para enfrentar situações adversas. Mas mesmo assim nem tudo é complicado. Existem empresas que os indicados partem dos próprios funcionários, com quem o chefe está em “link” direto o que facilita a identificação de boas opções. Nada de favorecimentos, neste caso isso é mais difícil de acontecer, já que existem critérios.

De maneira geral as indicações são um risco para que indica. “quem vê cara, não vê coração”. Seu melhor amigo, o companheiro de todas as horas pode não ser um profissional adequado para certas funções. E este fato pode queimar a sua imagem perante seu gerente. Pensem bem em que você está indicando. Não confunda as coisas, afinal, amizades á parte. Aos que estão aguardando uma oportunidade, o mais sensato e “candidatar-se” à vaga demonstrando sempre muito interesse e habilidade perante a função desejada. A cada dia o mercado exige que dos profissionais, sinergia, e que sejam adaptáveis ao novo modelo que as empresas tem apresentado.

Seja proativo, não passe a vida inteira esperando ser um dos “indicados” ou vai acabar na mesma função e na mesma empresa eternamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário