quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A troca não está justa

As premissas que devem reger uma relação de trabalho é bastante simples, a meu ver: o colaborador sai da sua casa, bate o cartão, realiza todas as suas atividades, bate o cartão novamente e volta para sua casa. Em troca, no fim do mês, recebe seu salário, e todos vivem felizes. Seria muito simples se a premissa citada fosse realmente seguida e cumprida, mas não é o que algumas empresas vem fazendo. Ao invés de proceder de forma limpa com seus colaboradores, essas empresas absorvem, pra não dizer “sugam”, todo o conhecimento que seja possível em prol da entidade, e depois simplesmente, troca o funcionário por mão-de-obra barata.

A partir do relato de uma colega, percebi que, ainda existem gestores que administram na base do “tudo pra mim e de você, quero o suor”, como se voltássemos a épocas remotas onde os escravos não tinham suas vozes ouvidas e eram obrigados a trabalhar a troco de pão e água. Mas os tempos são outros e o poder de barganha do funcionário aumentou e muito. Bom, mas voltando ao caso, funcionários estão sendo substituídos por estagiários, que tem remuneração baixa, alguns benefícios que enchem os olhos dos recém-formados e por isso, mergulham de cabeça nas empresas.

Nada de errado na contratação dos estagiários, é só uma questão de ética profissional. A mesma ética cobrada na realização das atividades, a mesma ética cobrada no trato com os clientes, mas ela está sendo deixada de lado. Quando se quer uma equipe produtiva, nada mais usual e aplicável que proporcionar boa qualidade de ambiente aos colaboradores. Achar o devido espaço de cada um de acordo com sua formação e aí sim, absorver cada milímetro de conhecimento em função da empresa, mas que ele também seja reconhecido pelo seu potencial e dedicação.

Empresas que usam o funcionário e depois de tudo pronto e trocam por outro de menor valo, não pode ocupar espaço no mercado. O caráter do gestor está à prova, assim que um for observada esta prática, muito provável que perca sua posição, sem rodeios. Os donos das empresas precisam ficar atentos com a capacitação e atuação dos seus subordinados de cargos de confiança. Largar a empresa nas mãos de indivíduos que tomas atitudes como esta, pode custar a longevidade da marca e da empresa. Sem contar que, caso isso chegue ao conhecimento do cliente final, corre-se o risco de perdê-lo.

Então, pela aplicação das boas praticas no mercado de trabalho, devemos ficar antenados aos sistemas de gestão que nos rodeiam para não perder o foco requerido pelas empresas. A época dos senhores de engenho já passou, e os “escravos” da atualidade tem a seu favor formação compatível com as funções e merecem respeito e posição adequada no mercado.

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