terça-feira, 5 de abril de 2011

O “insubstituível” marca território

Algumas empresas ainda não aprenderam como preservar seus funcionários e programar a substituição dos que estarão saindo num curto espaço de tempo. Com essa falha, o que acontece nos setores podemos comparar a uma catástrofe previsível. Tudo por falta da preocupação com o plano de substituição, tudo por causa desse detalhe tão simples. Dá trabalho, mas é simples. Vejo os gestores preocupados simplesmente com os resultados de determinados setores e não dão atenção ao que está acontecendo no dia-a-dia. Não se tem aquela preocupação em atender aos anseios mais simples dos que estão no setor, o negocio é o resultado.

Recentemente conversando com um grupo de amigos, chegamos a conclusão que, na falta de programa de substituição dos antigos funcionários que sairão por aposentadoria, os que ficarão vão pagar o ‘pato’. E vão pagar caro, pois sempre que algo não der certo, os “insubstituíveis” serão lembrados como os eternos heróis. Eterno erro dos gestores que estão atualmente no cargo de chefia. Treinamento e preparação não custam caro, o custo será revertido em investimento de longo prazo com pessoas preparadas para o atendimento no lugar do eterno insubstituível. Não gosto desse termo “insubstituível” parece coisa de novela das 19hs, a coisa na empresa não funciona assim. A empresa não vai parar quando o funcionário de 30, 40 anos de empresa for embora, a produção ou prestação de serviço vai ser mantida.

A falha está no processo de substituição. Isso mesmo SUBSTITUIÇÃO, este é o termo que define o que vai acontecer. E isso a empresa sabe, mas para alguns gestores que “estão” na função, isso parece ser um bicho feio. Todo o grupo deve ser envolvido no processo, todos devem saber quando e como vai acontecer a substituição sem traumas e nem crise. O processo tende a ser um sucesso quando o grupo interage e trabalha para o objetivo ser alcançado, bem simples. Quem complica é quem vive em processos antigos e acha que o funcionário é eterno.

É chato falar de um assunto assim. Parece que o ponto de vista está atacando pessoas, mas não é isso. Este texto é simplesmente para alertar os gestores sobre a necessidade de encarar a realidade e não deixar a coisa fugir do controle e tomar medidas enérgicas para mostrar quem manda, isso acontece com muita freqüência e não agrega em nada para os setores que passam por processos assim. Vale a pena pensar no assunto e tomar medidas que agradem a todos e não interfiram no bom desenvolvimento da empresa.

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