sexta-feira, 18 de maio de 2012

O MEDO DO “CONHECIDO”


O cidadão chegou na minha sala e pediu para que eu digitalizasse um documento para ele enviar à sede da empresa anunciando que estava saindo da mesma. Sentou pra bater um papo e quando questionei sobre a ansiedade, pelo fato de ele estar mudando de empresa, me confidenciou: “cara, sabe, não tô com aquela ansiedade toda, aquele ânimo de quem estaria muito “agitado” por ter conseguido uma vaga em uma empresa multinacional, tá meio estranho...”

Ficamos alguns segundos em silêncio e resolvi dar minha opinião. Disse a ele que isso fazia parte do próprio extinto de defesa do ser humano, pois, como ele, apesar de saber o serviço, ter dado bons resultados à sua função anterior, os novos desafios seriam muito maiores e a cobrança, com certeza, mais forte que antes. Ele ouviu em silêncio e depois disse que era um desafio muito importante para a carreira dele e que o medo parecia ser realmente em função de, a partir de agora fazer parte da empresa “mãe”.

Considero o fato acima bem normal para muitos profissionais que estão de mudança de empresa. O medo do que já é conhecido, simplesmente por que agora o colaborador fará parte da empresa que contrata os serviços e não mais para o contratado, vai de encontro ao que se tem de premissas de cada empresa. Com certeza as cobranças serão outras, mas acredito que só mudarão de lado, serão da parte que antes eles enxergava como uma parceiro na atividade. A cor do uniforme é outra os benefícios também, mas o foco da atividade é o mesmo, dar resultados. Claro que empresas grandes tratam de forma diferenciada, ainda mais uma empresa com sede nos EUA. A cultura, apesar de ter sido adequada ao Brasil, preserva suas raízes no formato americano e um desconforto aqui e outro acolá seria normal.

O medo de enfrentar uma nova realidade é normal. Como atitude, o correto é que o cidadão siga as premissas da nova empresa, colocando em prática os conceitos da empresa como segurança, meio ambiente, e outros, e utilize seus conhecimentos para, aí sim, dar os resultados que são esperados com a contratação, o medo vai continuar por um bom tempo até por que nessa situação é uma coisa normal. Só sentira isso agora, pois aceitou o desafio para enfrentar novos obstáculos, caso contrário ficaria no seu emprego anterior fazendo os relatórios e passando para a chefia, e a vida ia seguindo seu rumo.

A tendência, com o tempo, é que haja um entrosamento com a equipe da casa e que as atividades comecem a fazer parte da rotina de um grupo, atendendo todas as demandas solicitadas das áreas de produção, mantendo o nível e padrão de excelência estabelecido pela empresa que agora faz parte. Ao meu amigo, desejo tida a sorte e que alcance todos os objetivos da carreira e que cresça na empresa.

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