O
cidadão chegou na minha sala e pediu para que eu digitalizasse um documento
para ele enviar à sede da empresa anunciando que estava saindo da mesma. Sentou
pra bater um papo e quando questionei sobre a ansiedade, pelo fato de ele estar
mudando de empresa, me confidenciou: “cara, sabe, não tô com aquela ansiedade
toda, aquele ânimo de quem estaria muito “agitado” por ter conseguido uma vaga
em uma empresa multinacional, tá meio estranho...”
Ficamos
alguns segundos em silêncio e resolvi dar minha opinião. Disse a ele que isso
fazia parte do próprio extinto de defesa do ser humano, pois, como ele, apesar
de saber o serviço, ter dado bons resultados à sua função anterior, os novos
desafios seriam muito maiores e a cobrança, com certeza, mais forte que antes.
Ele ouviu em silêncio e depois disse que era um desafio muito importante para a
carreira dele e que o medo parecia ser realmente em função de, a partir de
agora fazer parte da empresa “mãe”.
Considero
o fato acima bem normal para muitos profissionais que estão de mudança de
empresa. O medo do que já é conhecido, simplesmente por que agora o colaborador
fará parte da empresa que contrata os serviços e não mais para o contratado,
vai de encontro ao que se tem de premissas de cada empresa. Com certeza as
cobranças serão outras, mas acredito que só mudarão de lado, serão da parte que
antes eles enxergava como uma parceiro na atividade. A cor do uniforme é outra
os benefícios também, mas o foco da atividade é o mesmo, dar resultados. Claro
que empresas grandes tratam de forma diferenciada, ainda mais uma empresa com
sede nos EUA. A cultura, apesar de ter sido adequada ao Brasil, preserva suas
raízes no formato americano e um desconforto aqui e outro acolá seria normal.
O
medo de enfrentar uma nova realidade é normal. Como atitude, o correto é que o
cidadão siga as premissas da nova empresa, colocando em prática os conceitos da
empresa como segurança, meio ambiente, e outros, e utilize seus conhecimentos
para, aí sim, dar os resultados que são esperados com a contratação, o medo vai
continuar por um bom tempo até por que nessa situação é uma coisa normal. Só
sentira isso agora, pois aceitou o desafio para enfrentar novos obstáculos,
caso contrário ficaria no seu emprego anterior fazendo os relatórios e passando
para a chefia, e a vida ia seguindo seu rumo.
A
tendência, com o tempo, é que haja um entrosamento com a equipe da casa e que
as atividades comecem a fazer parte da rotina de um grupo, atendendo todas as
demandas solicitadas das áreas de produção, mantendo o nível e padrão de
excelência estabelecido pela empresa que agora faz parte. Ao meu amigo, desejo
tida a sorte e que alcance todos os objetivos da carreira e que cresça na
empresa.
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