sábado, 5 de junho de 2010

Motoristas e nossas licenças assassinas

Vou abrir uma exceção e escrever no fim de semana. Não que eu não goste de escrever, mas as idéias fluem melhores durante a semana. Pois bem estou cada vez mais convencido que nós, motoristas, somos um bando de irresponsáveis habilitados e que as causas dos acidentes são mesmo culpa de quem senta atrás de um volante e se acha um piloto profissional. Hoje por exemplo saí com meu pai, motorista profissional e de transporte escolar. E me surpreendi. Não é em nada diferente de mim e dos outros que observo no trânsito das cidades e rodovias.

Eu paro próximo demais ao carro da frente, ele também, eu me irrito quando alguém demora em sair após a abertura do semáforo, ele também, e xingo qualquer barbeiragem e ele nem se fala. Não dá pra entender a intolerância à desatenção do outro condutor, as pessoas estão cada vez mais dirigindo com a cabeça nas nuvens, falando ao celular, digitando mensagens de texto, trocando a faixa do cd, conversando com os demais passageiros, e prestar atenção nas vias e no fluxo do transito mesmo, que seria o mais importante, nada.

Vemos tantos acidentes que poderia e seriam evitados se nós, “condutores habilitados” prestássemos mais atenção às normas básicas de segurança que nos são “ensinadas” nas auto escolas. Apesar de eu sempre achar que aquilo é literalmente, para inglês ver e fazer igual, uma verdadeira festa da troca, explico: troque seu dinheiro por uma habilitação, e nada mais. Não se aprende a DIRIGIR nas auto escolas, aprendemos a enganar o examinador com macetes e decorebas apenas pra ter o nome num pedaço de papel timbrado com foto.

Aliás tem o nome mais bonito agora, os famosos CFC’s: Centro de Formação de Condutores, que não passam de mina de dinheiro para seus proprietários, lógico salvando as exceções. Poucas, mas poucas mesmo. Mas voltando à minha carona de hoje, meu velho pai também não é exemplo de condutor assim como eu e você que está lendo agora, somos péssimos exemplos de como não se deve fazer no transito. Assumo minha condição de infrator, não posso negar. Sou precavido, mas não deixo de furar o sinal amarelo e vermelho pra ganhar tempo.

Resumo da ópera, hoje o que vemos, é o reflexo de uma enxurrada de pessoas habilitadas na “coxa” e que nossos amados políticos responsáveis pela criação de leis severas, assistem de camarote ao famigerado numero de mortes em qualquer dia comum do nosso país. A conta é cara para o governo, são milhões e milhões de reais todo ano para custear os acidentados que além de tudo, os familiares que também sofrem com esse trauma, uma ferida mal curada que somo co-responsáveis e atores principais. Mais cuidado no trânsito.

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