quarta-feira, 30 de junho de 2010

Cada um no seu lugar

Já falei sobre este assunto, mas alguns acontecimentos recentes me chamaram a atenção. Qual é o papel do recém formado ao ingressar em uma empresa, seu primeiro emprego? Vamos começar pela questão cultural. Uma pessoa que vive na cidade grande tem comportamento diferente de quem está no interior, isso é um fato. A formação familiar vai influenciar a tomada de decisão nos momentos críticos. Quem está na cidade tem uma visão diferenciada, digamos mais ampla de certos assuntos.

Pois bem, o foco aqui é sobre comportamento e comportamento que influencia nos resultados da empresa. Pessoas que acabaram de se formar e estão desfrutando do seu primeiro emprego estão se posicionando de maneira errada nas empresas. Ao invés de aprender estão querendo ensinar. Existe hierarquia e não se pode esquecer isso. Quem está iniciando a carreira deveria preocupar-se com o quesito “aprender”, tirar o maior proveito do superior imediato para, lá na frente, ocupar uma posição de destaque na empresa e com conhecimento suficiente, do tipo “quem me ensinou, sabia”.

Os recém formados pecam quando saem acelerados demais de sua graduação. Esperam que o mercado lhes ofereça bons salários imediatamente. Mas não é assim que funciona, pois milhares de jovens são oferecidos todo ano ao mercado. Então a coisa passa a ser cultural, cada um tem que se achar seu espaço sem mexer na estrutura da organização. Quanto menos barulho fizer no início, melhor para o candidato à vaga. Observo que vários iniciantes querem chegar à empresa e se tornar gerente em um mês. Acreditam que são os donos da verdade só por que acabaram de sair da universidade e seu conhecimento vale mais que o funcionário que está na empresa há 20 anos.

Seria demagogia achar que o conhecimento adquirido não tem valor, mas se a empresa for do modelo de gestão que capacita os funcionários, aquele elemento de 20 anos tem um valor especial para a empresa e isso vai pesar na hora de transferir o conhecimento. A dedicação à função exercida será um diferencial para o mercado, sempre, e quem está chegando com a bateria com carga completa, vai ter a necessidade de adaptação ao ambiente que lhe for oferecido. Mais uma vez, deve respeitar a hierarquia do setor e da empresa. Conhecer o organograma e saber quem está acima, geralmente todo mundo, e que está pra baixo, neste caso só o estagiário.

Resumo da ópera, cada um tem que achar o seu espaço na empresa sem incomodar ninguém, sem querer o que ainda não pode ter. A cultura das organizações tem por premissa o respeito aos colaboradores, o respeito à pessoa e ao ambiente, por isso caro amigo recém formado, não tente reinventar a roda, utilize seu conhecimento para agregar valores técnicos e pessoais para a sua nova casa, seu primeiro emprego.

sábado, 19 de junho de 2010

Promoção do ano: multas em 6x sem juros

“Aproveita srª, agora multas parceladas em 6x, aproveita amigo condutor”. Pois bem meus amigos, em breve teremos mais uma lei interessante, quem for multado poderá parcelar o pagamento das multas. Verdade, a notícias estava nos jornais de hoje. Sem dúvida é uma ótima alternativa pra quem está com pouco dinheiro e precisa amenizar o impacto da punição. O que mais chama a atenção é o fato da multa servir para punir os condutores por alguma infração contra o Código de Trânsito Brasileiro, mas pelo que indica, o senador que propôs essa medida, não está preocupado com isso.

A cada ano o trânsito no Brasil mata milhares de pessoas. Muitas por excesso de velocidade, má conservação dos veículos e das rodovias, porém muitas multas são emitidas por falta de respeito às normas de transito. Dirigir embriagado, não usar o cinto de segurança são algumas das infrações mais comuns. Mas isso agora vai ficar menos doloroso ao bolso, ao chegar o seu aviso de multa, junto de vir o cartão de alguma financeira oferecendo, além do parcelamento, facilidades de dinheiro “fácil”.

Se realmente a lei for sancionada pelo Presidente, um novo nincho de mercado para as financeiras. Já que hoje tudo pode ser parcelado: carros, imóveis, viagens, remédios, cirurgias, e agora as multas. Um negócio da China realmente. Parece que a credibilidade de nossos governantes está cada vez mais sendo colocada à prova. Sinceramente se eu fosse um senador, votaria contra e lutaria para que o senador que propôs a lei fosse advertido e “multado” sem direito a parcelamento por falta de respeito ao cidadão.

O certo é que a educação direcionada aos futuros condutores fosse aplicada desde os primeiros anos na escola. Vemos acidentes provocados por jovens que excedem a velocidade e acabam matando e morrendo diariamente. Isso sim deveria ser pauta para projeto. Dar mais educação aos futuros motorista, mais credibilidade aos centros de formação, que hoje são apenas uma forma de ganhar dinheiro e o resultado da prestação do serviço, os “motoristas”, saem de lá não sabendo quase nada sobre a arte de dirigir.

Sinceramente Sr. Senador, acredito que se a sua intenção foi facilitar a vida de quem é multado, parcelando o valor da penalidade, pense ao contrário: proponha uma lei que aumente o valor pago às vitimas de motoristas irresponsáveis, aumente em 6 vezes, será uma forma de amenizar a dor de quem perde um ente querido. O que acha? Não seria mais interessante? Por favor, senhores políticos fazedores da lei, tenham mais respeito aos que levam vocês aos seus cargos, proponham leis que sejam úteis e que realmente agregue valor humano ao nosso povo, e principalmente ao nosso caótico trânsito, das cidades e também das rodovias.

domingo, 13 de junho de 2010

A criação de um poder paralelo

Tenho acompanhado com preocupação um evento que está tomando conta na surdina da sociedade. A criação de um poder paralelo na sociedade que são as Guardas Municipais. O que me deixa preocupado de verdade é saber qual é o real poder que os guardas na sociedade? Estão empurrando isso de boca abaixo e nós, como sempre, estamos assistindo a mais uma covardia com a população.

Conversando com um amigo que faz parte desse “poder paralelo” fui informado que existem várias ocorrências que a guarda já está sendo acionada para atender, e que já se posicionam como os donos da vez. Isso é lamentável, pois um “civil” desses tem um treinamento de três meses, e não é um policial, mas tem agido como tal, e mais, é cada vez maior a presença desse pessoal nas ruas das capitais brasileiras.

Não acho justo, e sou contra a criação da força paralela. Isso esconde ainda mais a ação das policias militar e civil, os verdadeiros responsáveis pela gestão da segurança da população. Todo ano no estado de ES, mais de 1000 policiais são formados, mas não aparecem nas ruas. Estão aonde? Fazendo os papéis burocráticos? Temos que abrir o olho, pois da noite para o dia, o seu vizinho pode ser contemplado com uma farda e uma arma e querer te dar uma enquadrada. E isso pago por você, cidadão pagador de imposto.

Isso significa mais uma vez, a ineficiência do poder público e gerir suas atribuições explícitas na constituição. Assim como a nossa BR 101 que será privatizada, o mesmo está acontecendo com a segurança. Sou favorável aos agentes penitenciários, já que não estão atuando nas ruas e sim tomando conta de presos e sendo monitorados de perto pelo Estado. Agora colocar cidadãos na rua para cuidar da população, isso é demais. Não dá pra aceitar isso, mas infelizmente nossos governantes estão preocupados em criar leis com nomes de rua, dia disso dia daquilo, enquanto eu e você viramos reféns do sistema, como diria meu velho pai.

A burocratização da segurança é evidente. A PM está cada dia mais bem equipada pelo governo, porém isso não está aparecendo, não estão nas ruas, nos locais de perigo, simplesmente sumiram das ruas. E criar o poder paralelo, não é a melhor a opção, o mais eficiente e rever o sistema de segurança, abrir concursos para as policias e aí, sim entregar uma arma e dar o poder devido. Paralelo jamais, pois não somos cobaias. Guardas particulares em escolas, monumentos, sim e empresas privadas, mas não como funcionários públicos.

Que me desculpe o meu amigo guarda municipal, assim não dá.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

As seleções (empresas) da copa de 2010

A festa do futebol mundial começou! Nos próximos 30 dias o mundo vai acompanhar os melhores jogadores do mundo, segundo seus técnicos, e irão proporcionar lances de rara e inigualável beleza. Ganha o melhor conjunto, os melhores preparadores o melhor técnico, a melhor equipe, ou seja, a mais bem preparada empresa de futebol. Isso mesmo empresa.

Podemos comparar facilmente as seleções com qualquer empresa. E se não agirem como tal, não passarão as fase e não chegarão ao final da copa da África do Sul. Tudo tem que ser milimetricamente calculado, sem a menor margem para erros que possam tirar as equipes / empresas do seu planejamento. A preparação (estudo) foi longa e por isso não se deve deixar escapar as oportunidades. Tudo começou ao final da última copa da Alemanha, cada equipe (empresa) já estava emprenhada em renovar seus elencos (funcionários), suas comissões (gestores), seus patrocinadores (fornecedores), tudo em busca de um ideal, chegar ao ano de 2010, preparados para mais uma batalha (jornadas do dia-a-dia).

Não por menos que cada jogador (funcionário) buscou o melhor condicionamento físico (qualificação) e mesmo atuando fora de seu país, como boa parte dos atletas, não fez feio, e buscaram ganhar e justificar seus altos salários (remuneração). Cada partida vencida (contrato) era motivo de muita comemoração e que poderia valer muitos pontos na tabela do campeonato (disputa por posições melhores na empresa), isso é esplêndido. A garra dos jogadores (funcionário) foi exigida e agora, cada um terá seu maior desafio a Copa do Mundo de 2010.

A cada disputa, cada partida a emoção vai aflorando e a distancia entre o titulo vai diminuindo. A torcida já está embalada, empolgada e pronta pra gritar gol. Gol da seleção (empresa), gol de cada funcionário que se dedicou na busca de uma meta, um objetivo e um ideal. Pra ganhar a copa, é preciso ter determinação e ao compararmos com uma empresa, nada é diferente.

Nós, como colaboradores, devemos vestir a camisa, vestir mesmo, sem medo de errar sem medo de perguntar e sem medo do mais importante, perder, pois isso faz parte do jogo, a vida profissional é um grande jogo e como a copa deve ser planejada, trabalhada e vencida pelos melhores (embora o Ganso e o Neymar deveriam ter sido convocados rsrs). Mas aos olhos do técnico (gerente) às vezes nossas atitudes tenham resultados observados de maneiras diferentes. Não devemos ficar chateados se as coisas não estão acontecendo, tudo ao se devido tempo, mas não se deve ficar à espera de um milagre toda vida, temos que corres atrás dos nossos sonhos (planejamentos) e não ter medo de desafios, por maiores que sejam.

A disputa começa e para nós, funcionários, é a hora de vencer os desafios.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Procure ajuda, antes que o barco afunde!

Uma das decisões mais sábias que um empreendedor pode tomar é pedir ajuda antes que o barco afunde. Não há escapatória, a não ser por uma remenda obra do destino, e isso não está relatada fartamente nos registros dos grandes autores. Desde os primórdios, são relatados casos de lideres que tem seus conselheiros, independente da civilização, sempre havia alguém pra dar um bom “pitaco”. Mas essas pessoas não eram pessoas comuns, eram pessoas sabias e de conhecimento mais apurado que a dos cidadãos de sua época.

Nos dias atuais as coisas não mudaram muito. Todo bom gestor se apóia em alguma teoria, alguma regra, aluem de confiança para a tomada de decisão, porem o sábio gestor, vai mais longe, quando não sabe que direção tomar, procura ajuda. O socorro que vai nortear a tomada de decisão, e isto é fato. Cada um do seu modo, cada um respeitando sua doutrina de gestão e alinhando princípios com os da empresa. Você, colaborador já deu um palpite que foi aceito pela chefia? Se isso já ocorreu, está em um nível superior aos demais colaboradores, é quase um santo na empresa...

Brincadeiras à parte, bons gestores sempre estão antenados ao que seus colaboradores pensam, pois lá no chão de fábrica, pode estar a solução para aquele problema de produção, aquele jeitinho que vai alinhar sua fábrica com os cronogramas e metas. Sempre ouço, e considero verdade, uma história de um fabricante de creme dental que estava em reunião enquanto um faxineiro limpava a sala. Lá pelas tantas, a reunião não rendia quando a pergunta foi lançada: o que podemos fazer para aumentar o consumo do nosso produto? Então o faxineiro pedia a palavra e sugeriu que se aumentasse o diâmetro da saída do creme dental. Bingo!! Lá está a empresa liderando as vendas no país.

Se essa história é verdade ou não, nos dá uma dimensão de quanto alguém de fora pode ter uma visão diferenciada do nosso empreendimento, basta pedir uma ajuda. Cada vez mais as empresa tem optado em procurar boas empresas de consultoria, elas vão ajudar a entender o que está acontecendo no mundo corporativo com uma visão mais apurada que a sua, já que, não pode sair da empresa e ficar passeando por aí atrás de boas ideias todo dia. Procure ajuda qualificada, se não a de um consultor, tenha um responsável técnico registrado, isso é importante, para te ajudar na formatação e elaboração de procedimentos, vai te agregar bons conhecimentos.

Sei que não é fácil ter uma pessoa querendo te dizer o que fazer, mas isso é questão de cultura, empresas familiares pecam muito nesse ponto, e correm o risco de afundar conforme o titulo desse texto. Mas não tenha medo do desconhecido, afinal você só saberá o resultado no momento em que tiver alguém do seu lado para te dar umas ideias e boas dicas.

sábado, 5 de junho de 2010

Motoristas e nossas licenças assassinas

Vou abrir uma exceção e escrever no fim de semana. Não que eu não goste de escrever, mas as idéias fluem melhores durante a semana. Pois bem estou cada vez mais convencido que nós, motoristas, somos um bando de irresponsáveis habilitados e que as causas dos acidentes são mesmo culpa de quem senta atrás de um volante e se acha um piloto profissional. Hoje por exemplo saí com meu pai, motorista profissional e de transporte escolar. E me surpreendi. Não é em nada diferente de mim e dos outros que observo no trânsito das cidades e rodovias.

Eu paro próximo demais ao carro da frente, ele também, eu me irrito quando alguém demora em sair após a abertura do semáforo, ele também, e xingo qualquer barbeiragem e ele nem se fala. Não dá pra entender a intolerância à desatenção do outro condutor, as pessoas estão cada vez mais dirigindo com a cabeça nas nuvens, falando ao celular, digitando mensagens de texto, trocando a faixa do cd, conversando com os demais passageiros, e prestar atenção nas vias e no fluxo do transito mesmo, que seria o mais importante, nada.

Vemos tantos acidentes que poderia e seriam evitados se nós, “condutores habilitados” prestássemos mais atenção às normas básicas de segurança que nos são “ensinadas” nas auto escolas. Apesar de eu sempre achar que aquilo é literalmente, para inglês ver e fazer igual, uma verdadeira festa da troca, explico: troque seu dinheiro por uma habilitação, e nada mais. Não se aprende a DIRIGIR nas auto escolas, aprendemos a enganar o examinador com macetes e decorebas apenas pra ter o nome num pedaço de papel timbrado com foto.

Aliás tem o nome mais bonito agora, os famosos CFC’s: Centro de Formação de Condutores, que não passam de mina de dinheiro para seus proprietários, lógico salvando as exceções. Poucas, mas poucas mesmo. Mas voltando à minha carona de hoje, meu velho pai também não é exemplo de condutor assim como eu e você que está lendo agora, somos péssimos exemplos de como não se deve fazer no transito. Assumo minha condição de infrator, não posso negar. Sou precavido, mas não deixo de furar o sinal amarelo e vermelho pra ganhar tempo.

Resumo da ópera, hoje o que vemos, é o reflexo de uma enxurrada de pessoas habilitadas na “coxa” e que nossos amados políticos responsáveis pela criação de leis severas, assistem de camarote ao famigerado numero de mortes em qualquer dia comum do nosso país. A conta é cara para o governo, são milhões e milhões de reais todo ano para custear os acidentados que além de tudo, os familiares que também sofrem com esse trauma, uma ferida mal curada que somo co-responsáveis e atores principais. Mais cuidado no trânsito.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

As empresas seguem não respeitando o cliente

Não é de hoje que testemunhamos as repetidas reclamações de usuários a respeito da falta de profissionalismo das empresas no trato com o consumidor. A lista é enorme, bancos, telefonia, lojas, concessionárias e por aí vai. “Vendem” os mais fabulosos produtos e serviços, mas na hora do feedback, não estão nem aí para o pobre cliente. E vai entender o por que das grandes e conceituadas empresas pecam tanto nesse quesito, se investem tão alto em propaganda se os call-center vivem abarrotados de ligações e e-mails deplorando seu produtos.

Eu por exemplo sou o responsável pela gestão do plano empresarial de telefonia do restaurante do meu sogro. Lido com todo o tipo de situação para manter a harmonia entre os usuários e a empresa prestadora de serviço. Para minha surpresa hoje após uma consulta, a empresa está negativada junto ao órgão de defesa do consumidor, e após 50 minutos com a atendente, fui descobrir que existem linhas com pendências e não fui informado, e olha que a lei diz que pra negativar uma empresa ou uma pessoa física, é obrigatório o envio de notificação para, no mínimo, a pessoa apresentar defesa.

E aí eu pergunto: cadê o respeito e a parceria de qualidade? Fica tudo suplantando pelo simples interesse de vender e vender. Cada empresa puxa para um lado e todas puxam para trás, sem exceção. Já fico preocupado por não conseguir informações mais completas sobre a negativação, já que os pobres atendentes, não têm a mínima condição de resolver todos os problemas da empresa, fica tudo largado, e por conta do destino.

Como funcionário de empresa privada, sou cobrado por resultados o tempo todo, ao menor deslize, lá se vão as intermináveis reuniões de alinhamento dos conhecimentos. E a empresa é pequena. Agora as grandes fazem tudo por conta por que é bonito ir à TV e dizer que são lideres de mercado e colocarem artistas e modelos para embelezar a propaganda, mas no fim das contas o pobre consumidor paga o pato.

Sinceramente não sei quanto tempo vou gastar para resolver o problema do meu sogro, e o pior, isso vai impactar em outras negociações pois nada se faz se o nome está negativado. Resumo da ópera: falta mais profissionalismo por parte das grandes empresas e a responsabilidade de vender e acompanhar seus produtos e serviços ao publico em geral. Falta aos super gerentes ter uma visão mais apurada dos números que são apresentados pelos PROCONs e SPCs para tomar e atitudes mais democráticas e sabias.