terça-feira, 20 de abril de 2010

Empresas não são quartéis

Muito ainda me surpreende, ouvir pessoas relatando que as empresas onde elas trabalham existem os “coronéis”. Pessoas que atuam com mão-de-ferro, linha-dura, tratando seus subordinados como autênticos “recrutas”. É estranho, pois com a evolução na área de Gestão de pessoas com equipes gabaritadas em trabalhar com gente, muitas empresas ainda tem “profissionais” que não se adaptam a esta evolução.

Outro dia uma pessoa me relatou que o gerente de sua área não tem a menor remorso em esbravejar contar as pessoas em reuniões, em corredores, em qualquer local da empresa, lá está o coronel utilizando de sua posição para desprezar o pobre funcionário. Isso é de se preocupar, já presenciei um patrão ser agredido e por pouco não ser lançado dentro de um torno em pleno funcionamento. O resultado ainda foi, polícia envolvida, registro de ocorrência por agressão física, e depois por orientação jurídica, o patrão retirou a queixa pois havia uma lista de ex-funcionários que estavam prontos para depor em favor do funcionário agressor.

Exemplos assim são fáceis de se identificar em qualquer grupo de qualquer empresa. Por menor que seja a consequência, os poderosos devem ser domesticados, deve haver uma preocupação das empresas e dos seus setores de Gestão de Pessoas. Desenvolver planos que habilitem pessoas a identificar os possíveis conflitos e como resolvê-los de forma pacífica, e que não gerem os tradicionais conflitos. Os “coronéis” por sua vez, são pessoas, na sua maioria com muitos anos de empresa e se acham os donos do “pedaço” fazendo o que bem querem. Não é por aí. Normas são para tosos os níveis, do operacional ao gerencial.

Cada vez que um “coronel” baixa uma ordem, é um funcionário a mais na lista dos insatisfeitos. Chegam ao cumulo de passar em cima dos seus superiores por pura questão de status individual. Esse tipo de funcionário tem que ser ajudado, isso mesmo, ajudado, pois na época que ele entrou na empresa os tempos eram outros, com certeza não havia nem computador, e muito menos se sonhava com a internet e seus recursos. Por isso é preciso que o setor de Gestão de Pessoas mobilize um grupo de trabalho para gerenciar e desenvolver os planos que serão aplicados na re-socialização do individuo. Habilidades para isso os profissionais tem de sobra.

No mais, quanto mais parcerias forem criadas entre os setores / departamentos das empresas, lucro geral. O objetivo é um só, maximizar o lucro do patrão e não criar problemas para a sua gestão. As metas da empresa tem que ser simples e alcançáveis, nada de metas mirabolantes que possa gerar desconforto aos colaboradores, e se no setor houver um temido “coronel” então, o perigo é dobrado. O militarismo já passou, deixe apenas para os quartéis onde ainda são aplicados e de forma mais comedida, e que lá também, as coisas já são conduzidas de forma mais humana.

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